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quarta-feira, agosto 20, 2025
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Exportações de frango podem cair neste ano, mas vendas de ovos devem disparar, diz associação

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Ovo
Unsplash / Mads Eneqvist
As exportações brasileiras de carne de frango devem ter uma queda de até 2% em volume neste ano, em relação a 2024, divulgou a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) nesta quarta-feira (20). De janeiro a julho, as vendas caíram 1,7%.
A previsão ocorre em meio aos embargos à carne brasileira após um caso de gripe aviária em uma granja comercial em Montenegro (RS), em maio deste ano. Em junho, o Brasil se declarou livre da doença.
Apesar de o caso já ter sido encerrado e de o país não ter tido mais nenhuma ocorrência, grandes compradores, como a China e a União Europeia, ainda mantém bloqueios ao produto nacional. De janeiro a julho, as exportações brasileiras de frango para os chineses caíram 32,2%.
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Mesmo assim, a entidade prevê que as vendas de frango a outros países devem voltar a crescer em 2026, em torno de 5,8%.
Segundo a associação, ainda não há sinalização de retomada das compras de frango pela China e União Europeia. No caso do país asiático, o presidente da ABPA, Ricardo Santin, disse que os chineses estão avaliando os documentos enviados pelo governo brasileiro.
Já o Chile informou que deve retomar as compras nesta semana ou na próxima.
Enquanto isso, a produção nacional de frango deve continuar em expansão. A previsão é que ela cresça até 3% em 2025 e de mais 2% em 2026.
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Venda recorde de ovos antes do tarifaço
Ao contrário do frango, as exportações de ovos devem fechar o ano com alta recorde de 116,6%, impulsionada pelas compras dos EUA, que teve milhares de aves dizimadas pela gripe aviária.
Entre janeiro e julho, as exportações de ovos para os EUA dispararam 1.419,3% – 18.976 toneladas do produto foram enviadas. O setor brasileiro faturou US$ 41 milhões com as vendas.
O presidente da ABPA destacou que o crescimento nas vendas ocorreu antes do tarifaço de 50% imposto pelo presidente americano Donald Trump. “A gente não sabe em qual patamar vão ficar as exportações para os EUA após o tarifaço”, disse Santin.
Apesar disso, ele pontuou que os EUA continuam com baixa produção.
Os norte-americanos compram 2% das exportações globais de suinocultura do Brasil. É um percentual pequeno, mas que representou a entrada de USS 33 milhões ao setor brasileiro neste ano. “Não queremos perder isso”, afirmou o presidente da ABPA.
O setor também trabalha junto ao governo brasileiro para tentar reverter o tarifaço.
Para 2026, a associação estima um crescimento menor nas vendas de ovos a outros países. A previsão é de alta de 12,5% nas exportações no próximo ano.
A produção nacional de ovos também deve continuar crescendo. Para este ano, a previsão é de alta de 7,5% e, para 2026, de 4,8%
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