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segunda-feira, agosto 25, 2025
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Dólar oscila em meio a expectativas sobre juros americanos e inflação no Brasil; bolsa sobe com a Vale

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Ibovespa repercute possível corte de juros nos EUA
O dólar oscila na sessão desta segunda-feira (25) com leve alta. Por volta das 13h30, a moeda recuava -0,33%, cotada a R$ 5,4077. Já o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, avançava 0,31%, aos 138.390 pontos.
Após uma sexta-feira movimentada nos mercados globais, a semana começa de forma mais tranquila para os investidores — que podem ajustar o otimismo diante da possibilidade de corte de juros nos Estados Unidos.
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Com poucos eventos previstos para o dia, o foco do mercado deve se voltar aos discursos de dirigentes do Federal Reserve (Fed), o banco central americano. No cenário doméstico, serão divulgados novos indicadores econômicos.
▶️ Depois de o presidente do Fed, Jerome Powell, indicar a chance de um corte de juros em setembro, os investidores acompanham os discursos de outros dirigentes, programados para ocorrer ao longo do dia.
Às 16h15 (horário de Brasília), Lorie Logan, dirigente do Fed de Dallas, fará seu discurso;
Às 20h15 (horário de Brasília), está previsto o pronunciamento de John Williams, presidente do Fed de Nova York.
▶️ Na sexta-feira, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou uma nova linha de crédito de R$ 10 bilhões, destinada a empresas nacionais impactadas por tarifas inferiores a 50% aplicadas pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros.
▶️ Ainda com as tensões entre EUA e o Brasil no radar, também na sexta-feira, o Banco do Brasil pediu à Advocacia-Geral da União (AGU) que tome providências jurídicas contra perfis bolsonaristas que estão disseminando desinformação.
Segundo informações do Blog da Ana Flor, o ofício do banco lista postagens de perfis que estimulam pessoas a fecharem conta no banco com base em boatos sobre a Lei Magnitsky.
▶️ Nesta segunda-feira, analistas do mercado financeiro reduziram, pela décima terceira semana consecutiva, a projeção de inflação para 2025 no boletim Focus.
A projeção de inflação para 2025 recuou de 4,95% para 4,86%, mas ainda permanece acima do teto da meta, fixado em 4,5%.
▶️ Já o Ibovespa opera em alta, impulsionado pelas ações da Vale (VALE3) e da mineradoras, que sobem no pregão devido à alta da commodity no mercado internacional. (Veja as cotações)
Veja a seguir como esses fatores influenciam o mercado.
Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair
💲Dólar

a
Acumulado da semana:+0,51%;
Acumulado do mês: -3,12%;
Acumulado do ano: -12,20%.
📈Ibovespa

Acumulado da semana: +1,19%;
Acumulado do mês: +3,68%;
Acumulado do ano: +14,70%.
Boletim Focus
O tarifaço implementado pelo presidente norte-americano, Donald Trump, a produtos brasileiros está ajudando a reduzir a estimativa de inflação para o final deste ano.
O boletim “Focus”, divulgado nesta segunda-feira (25), mostra que os analistas do mercado financeiro acreditam que a medida tende a conter a atividade e gerar um impacto baixista na inflação deste ano.
Veja as projeções:
➡️ A estimativa de inflação para 2025 caiu de 4,95% para 4,86%, ainda acima do teto da meta, que é de 4,5%.
➡️ Para 2026, a projeção recuou de 4,40% para 4,33%.
➡️ Para 2027, a expectativa caiu de 4% para 3,97%.
➡️ Para 2028, a previsão permaneceu em 3,80%.
🔎 Por que isso importa? Quanto maior a inflação, menor o poder de compra da população — especialmente entre quem recebe salários mais baixos. Isso ocorre porque os preços sobem, mas os salários não acompanham esse aumento.
Corte nos juros americanos em setembro
Na sexta-feria, as falas de Jerome Powell animaram os investidores ao redor do mundo. Ele sinalizou a possibilidade de um corte de juros na próxima reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc), em setembro.
Porém, Powell alertou que os efeitos do tarifaço de Trump ainda trazem um risco de alta para a inflação.
Apesar disso, William Castro Alves, estrategista-chefe da Avenue, destaca que muitos investidores passaram a apostar na possibilidade de queda dos juros nos EUA.
Isso fez com que os títulos da dívida americana começassem a render menos, o que acabou enfraquecendo o dólar ao redor do mundo.
🔎 Quando os rendimentos dos títulos americanos caem, investir nos EUA fica menos atrativo para quem está fora do país. Isso pode fazer com que o dólar perca força em relação a outras moedas, já que há menos demanda por ativos americanos.
Segundo ele, a reação do mercado para essa perspectiva foi otimista, evidenciada pela valorização das ações listadas nas bolsas de valores, incluindo a brasileira.
“Essa dinâmica, com dólar desvalorizado, rendimentos menores e juros em queda, tende a beneficiar as empresas de capital aberto”, explica Castro.
Minério de ferro atinge máxima histórica
Os contratos futuros do minério de ferro alcançaram nesta segunda-feira o maior nível em uma semana, após a Rio Tinto suspender as operações no projeto Simandou, na Guiné, devido a um incidente. A paralisação elevou os temores de atraso no início da produção da mina.
Na bolsa de Dalian, na China, o contrato mais negociado subiu 2,27% e encerrou o dia a 787 iuanes (US$110,06) por tonelada métrica, o maior patamar desde 14 de agosto.
Com a alta da commodity, as empresas ligadas ao setor listadas na bolsa operam com alta no pregão desta segunda-feira. Veja as cotações por volta das 13h30:
CSN (CSNA3): 1,54%
CMIN (CMIN3): 1,81%
Vale (VALE3): 0,58%
Usiminas (USIM5): 0,96%
Bolsas globais
Os principais índices de Wall Street caíam nesta segunda-feira, recuando dos ganhos obtidos na sessão anterior. O Dow Jones Industrial Average caía 0,26%, para 45.514,24 pontos, enquanto o S&P 500 perdia 0,20%, a 6.453,71 pontos, e o Nasdaq Composite tinha queda de 0,18%, para 21.457,09 pontos.
As bolsas europeias fecharam em queda nesta segunda-feira, refletindo a perda de força do otimismo em torno de possíveis cortes de juros pelo Fed. A liquidez nos mercados também está reduzida, já que o Reino Unido permanece fechado devido a feriado.
Os principais índices da região fecharam no vermelho: o STOXX 600 recuou 0,46%, o DAX da Alemanha caiu 1,50%, enquanto o CAC 40 da França perdeu 1,59%.
Na Ásia, os mercados encerraram o dia em alta, impulsionados pela liquidez abundante e pelo bom desempenho dos setores de terras raras e imobiliário.
O índice de Xangai subiu 1,51%, atingindo o maior nível desde agosto de 2015, enquanto o CSI300 avançou 2,08%, superando marcas anteriores e alcançando o patamar mais alto desde julho de 2022.
Outros mercados asiáticos também fecharam em terreno positivo: o Nikkei, em Tóquio, subiu 0,41%; o Hang Seng, em Hong Kong, avançou 1,94%; o Kospi, em Seul, teve alta de 1,30%; o Taiex, em Taiwan, ganhou 2,16%; o Straits Times, em Cingapura, valorizou-se 0,08%; e o S&P/ASX 200, em Sydney, registrou leve alta de 0,06%.
Cédulas de dólar
bearfotos/Freepik
*Com informações da agência de notícias Reuters

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