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Marquinho PQD, bamba do samba que foi parceiro de Arlindo Cruz, deixa obra relevante ao morrer no Rio aos 66 anos

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Marquinho PQD (1959 – 2025) foi parceiro de Arlindo Cruz (1958 – 2025),, Sombrinha, Jorge Aragão e Claudemir
Divulgação
♫ OBITUÁRIO
♬ Há três semanas, quando Sombrinha gravou álbum audiovisual comemorativo dos 50 anos de carreira, em show apresentado em 8 de setembro na casa Vivo Rio, o cantor anunciou no palco que uma das músicas inéditas do repertório, Quem mandou, era samba feito por ele em parceria com Xande de Pilares e Marquinho PQD.
No início da tarde de hoje, 29 de setembro, Sombrinha se despediu nas redes sociais de PQD, parceiro que considerava “um irmão de alma” na convivência que já contabilizava mais de 40 anos.
“Marquinho não era só compositor, era um mensageiro do samba, alguém que entendia a força desse ritmo como oração, como guia, como herança dos nossos ancestrais. Ele foi presença firme, parceiro leal, companheiro de todas as horas”, exaltou Sombrinha.
Marcos de Souza Nunes (1 de janeiro de 1959 – 29 de setembro de 2025) morreu na manhã desta segunda-feira, de causa não revelada, após dias de internação em hospital da cidade natal do Rio de Janeiro (RJ). Ao sair de cena aos 66 anos, este bamba do samba carioca deixa obra expressiva como compositor, embora tenha sido pouco conhecido como cantor.
Marquinho PQD – cujo nome artístico aludia ao ofício de paraquedista exercido pelo artista no exército – foi parceiro de Arlindo Cruz (1958 – 2025), Jorge Aragão e Sombrinha, entre outros nomes da geração pagodeira projetada nos fundos de quintais cariocas ao longo dos anos 1980. Assim como os parceiros mais famosos, o sambista teve o nome associado ao bloco Cacique de Ramos, entidade do Carnaval do subúrbio carioca.
A extensa obra gerou alguns hits nacionais. Com Claudemir, PQD compôs Ogum (2008), um dos últimos grandes sucessos de Zeca Pagodinho. O mesmo Zeca batizou álbum de 1996, Deixa clarear, com o nome de samba da parceria de PQD com Arlindo Cruz e Sombrinha.
Desde que o grupo Fundo de Quintal gravou Fases do amor (Marquinho PQD, Fernando Piolho e Chiquinho) no terceiro álbum, Nos pagodes da vida (1983), o nome de Marquinho PQD nunca mais saiu das fichas técnicas do disco. Logo no ano seguinte, 1984, o compositor teve a felicidade de ver o samba Coração feliz (parceria com Adilson Bispo e Gerson do Vale) dar nome a um álbum de Beth Carvalho (1946 – 2019), cantora referencial no universo do samba.
Em 1987, um samba de PQD com Arlindo Cruz e José Franco Lattari (1952 – 2007), o Franco, batizou o segundo álbum solo de Jovelina Pérola Negra (1944 – 1998), Luz do repente. Em 1989, o mesmo trio de compositores assinou o samba Sonhando eu sou feliz, sucesso do álbum Saudades da Guanabara (1989), de Beth Carvalho.
Com mais de 400 sambas compostos ao longo dos 42 anos de carreira, Marquinho PQD registrou 13 títulos dessa vasta obra autoral no único álbum que gravou, Hora de realizar, editado em 2011 por via independente.
A rigor celebrado somente dentro das rodas de samba, sobretudo nas rodas armadas na cidade do Rio de Janeiro (RJ), o nome de Marcos de Souza Nunes está eternizado na discografia brasileira.

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