
     Trump ameaça ‘corte de laços’ no comércio com a China
O dólar opera em queda na manhã desta quarta-feira (15). Por volta das 9h40, a moeda americana recuava 0,07%, sendo negociada a R$ 5,4658. Já o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, abre às 10h.
O dia começa com dados importantes sobre o consumo no Brasil e movimentações relevantes no cenário internacional. Enquanto o mercado local observa indicadores e fluxo de recursos, os Estados Unidos concentram atenção em discursos do Fed e na divulgação de um relatório que pode influenciar expectativas econômicas.
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▶️ No Brasil, o IBGE divulgou a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), que mostrou que as vendas no varejo brasileiro avançaram 0,2% em agosto na comparação com o mês anterior e subiram 0,4% sobre um ano antes.
▶️ Nos EUA, o destaque é o Livro Bege, relatório do Federal Reserve, o banco central americano, que reúne percepções sobre a economia nos 12 distritos do país. O documento costuma orientar expectativas sobre inflação, emprego e crescimento.
▶️ Ao longo do dia, investidores também acompanham falas de dirigentes do Fed. Raphael Bostic fala às 13h10, Christopher Waller às 14h e Michael Schmid às 15h30, com possíveis sinais sobre os próximos passos da política monetária.
Veja a seguir como esses fatores influenciam o mercado.
Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair
💲Dólar
a
Acumulado da semana: -0,61%;
Acumulado do mês: +2,76%;
Acumulado do ano: -11,49%.
📈Ibovespa
Acumulado da semana: +0,71%;
Acumulado do mês: -3,11%;
Acumulado do ano: +17,79%.
EUA em paralisação pelo 15º dia
A paralisação do governo dos Estados Unidos chegou ao 15º dia nesta quarta-feira, com sinais de que o impasse pode se tornar o mais longo da história.
Isso porque o presidente Donald Trump, junto aos republicanos no Congresso americano, estão se mantendo firmes na estratégia de pressionar os democratas — que exigem mais recursos para saúde, incluindo a reversão de cortes no Medicaid e a extensão de benefícios ligados ao Obamacare.
Ontem, Trump anunciou que divulgará nesta sexta-feira (17) uma lista de programas democratas que foram encerrados durante o shutdown. Segundo ele, muitos desses projetos não serão retomados, o que representa uma mudança significativa na estrutura de gastos públicos.
A Casa Branca também informou que está se preparando para novas demissões, ampliando o impacto da paralisação sobre o funcionalismo federal.
No Senado, uma nova tentativa de votação está marcada para as 14h15 (horário de Washington), com o objetivo de aprovar uma proposta que reabriria o governo até 21 de novembro. No entanto, a expectativa é de que o projeto não alcance os 60 votos necessários.
Enquanto isso, Trump reforça que está aproveitando o momento para cortar gastos e enfraquecer programas que considera prejudiciais, afirmando que os democratas estão “perdendo” com a paralisação.
Powell: economia dos EUA está mais firme
O presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, disse em um evento na Filadélfia que o mercado de trabalho dos EUA continua fraco, com poucas contratações e demissões em setembro, embora a economia pareça um pouco mais firme.
Ele explicou que o Fed vai decidir os cortes de juros “reunião por reunião”, equilibrando o desemprego ainda alto com a inflação, que continua acima da meta de 2%. Powell ressaltou que essas decisões podem mudar conforme novos dados econômicos forem divulgados.
Mesmo com atraso no relatório de empregos, ele afirmou que as contratações e demissões continuam baixas e que a inflação elevada se deve em parte ao aumento de preços causado por tarifas, e não por problemas mais amplos na economia americana.
O Fed vai atualizar os dados de inflação em 24 de outubro e realizará sua próxima reunião em 28 e 29 de outubro, quando é esperado um corte de 0,25 ponto percentual na taxa de juros. Na última reunião, o Fed anunciou o primeiro corte de juros nos Estados Unidos em nove meses.
O presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, afirmou que o banco central dos EUA pode estar perto de encerrar o processo de redução de seus ativos — medida iniciada em 2022 para retirar o excesso de dinheiro do mercado após a pandemia.
Ele disse que há sinais de que a liquidez (dinheiro disponível no sistema financeiro) está diminuindo e que o Fed vai agir com cautela para evitar instabilidade.
Powell destacou ainda que o modelo atual tem funcionado bem para manter a economia estável e que o Fed está mais preparado para ajustar suas ações rapidamente, se necessário.
Bolsas globais
Em Wall Street, os mercados americanos futuros operam com otimismo nesta quarta-feira, impulsionados por bons resultados corporativos e pela expectativa de cortes nos juros.
Comentários do presidente do Fed, Jerome Powell, sobre o mercado de trabalho na véspera reforçaram a aposta de que os juros podem ser reduzidos ainda este mês.
Apesar disso, ontem o clima também foi de tensão, com Trump ameaçando novas restrições comerciais à China, após o país asiático impor sanções a subsidiárias americanas.
Com os mercados ainda fechados, os índices futuros apontam alta. O Dow Jones Futuro sobe 0,44%, o S&P 500 Futuro avança 0,65% e o Nasdaq Futuro lidera os ganhos, com alta de 0,86%.
Já as bolsas europeias operam em alta, recuperando parte das perdas recentes. O avanço é puxado por empresas do setor de luxo, enquanto investidores acompanham os desdobramentos das reuniões do FMI e do Banco Mundial em Washington.
Durante a manhã, entre os principais índices, o STOXX 600 sobe 0,61%. O DAX, da Alemanha, avança 0,13%, enquanto o FTSE 100, do Reino Unido, recua 0,58%. O CAC 40, da França, lidera os ganhos com alta de 2,37%, e o FTSE MIB, da Itália, sobe 0,35%.
Por fim, as bolsas asiáticas fecharam em alta, com os investidores mantendo a expectativa de novos estímulos econômicos na China, apesar das tensões comerciais com os EUA.
No fechamento, o índice de Xangai subiu 1,22%, enquanto o CSI300 avançou 1,48%. Em Hong Kong, o Hang Seng teve alta de 1,84%. O Nikkei, em Tóquio, subiu 1,8%.
Já o KOSPI, em Seul, valorizou 2,68%, o TAIEX, em Taiwan, avançou 1,80%, o Straits Times, em Cingapura, ganhou 0,41%, e o S&P/ASX 200, em Sydney, subiu 1,03%.
Notas de dólar.
Reuters
*Com informações da agência de notícias Reuters.


