Autoridades divulgam novas imagens de suspeito de ser atirador da Universidade Brown
A polícia de Boston, nos Estados Unidos, concluiu nesta sexta-feira (19) que o português Claudio Neves Valente, de 48 anos, suspeito de realizar um ataque na Universidade Brown, também é responsável pela morte de um professor do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT).
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Segundo as autoridades, os crimes ocorreram com dois dias de intervalo:
No último sábado, o suspeito abriu fogo contra estudantes na Universidade Brown, na cidade de Providence —duas pessoas morreram e nove ficaram feridas.
Na terça, o professor português Nuno Loureiro, do MIT, foi encontrado morto em sua casa em Boston. As duas cidades ficam a cerca de 50 km uma da outra.
A polícia afirmou na quinta-feira que localizou o suspeito do ataque em Brown após uma operação de busca que durou dias. Horas depois, a procuradora federal Leah Foley anunciou em coletiva de imprensa que os investigadores têm certeza de que o atirador foi o responsável também pelo assassinato do professor Loureiro —que teria ocorrido na segunda-feira.
Foley ressaltou que os promotores reuniram provas robustas que vinculam o suspeito a ambos os crimes. Segundo as autoridades, o atirador havia estudado na Universidade Brown há mais de duas décadas, no entanto ainda não se sabe o motivo do crime.
Segundo uma autoridade de Providence, há indícios de que o suspeito e Loureiro tenham estudado na mesma universidade em Lisboa, capital de Portugal.
O atirador foi encontrado morto na quinta-feira em New Hampshire, estado vizinho de Massachusetts, em uma unidade de armazenamento que ele alugou. O chefe da polícia de Providence, Oscar Perez, e o procurador-geral de Rhode Island, Peter Neronha, disseram que o homem tirou a própria vida. Os investigadores acreditam que ele agiu sozinho em ambos os crimes.
Perez acrescentou que os investigadores não sabem por que o suspeito realizou o ataque nem por que escolheu justamente o prédio da Universidade Brown que foi alvo dos disparos.
“Não acho que tenhamos qualquer ideia do porquê agora, ou do porquê Brown, ou do porquê esses estudantes, por que essa sala de aula”, afirmou Neronha. “Isso realmente é desconhecido para nós.”
Segundo as autoridades, Claudio havia sido doutorando em física e conhecia o prédio onde ocorreu o ataque.
Ele estava foragido desde o incidente na universidade de Providence, no sábado. A busca pelo suspeito durou cinco dias e mobilizou policiais de diferentes cidades. Agentes bateram de porta em porta e vasculhavam contêineres de lixo e quintais perto do campus da universidade em busca de pistas.
Nesta semana, o FBI havia divulgado uma recompensa de US$ 50 mil (cerca de R$ 272 mil), por informações que levassem à identificação e localização do atirador. As autoridades também divulgaram um cartaz de procurado e vídeos pedindo pistas para a população. Em todos os vídeos divulgados pelas autoridades, o suspeito usava máscara ou estava com o rosto virado.
Cartaz divulgado pelo FBI anunciando recompensa por atirador da Brown University
FBI
Polícia de Providence, nos EUA, divulgou vídeo do suspeito de abrir fogo em universidade
O crime
Duas pessoas morreram e nove ficaram feridas no ataque à Universidade Brown, em Rhode Island. O vice-chefe de polícia de Providence, Timothy O’Hara, afirmou que as autoridades recolheram cápsulas de balas no local do tiroteio.
As autoridades disseram que o atirador fugiu após disparar contra estudantes no prédio de engenharia Barus & Holley da Universidade Brown, onde as portas externas estavam destrancadas enquanto provas estavam sendo realizadas.
Veículos de emergência são deslocados para atender vítimas de atirador na Universidade Brown, nos EUA, em 13 de dezembro de 2025
AP Photo/Mark Stockwell
Os estudantes passavam pelo segundo dia dos exames finais do semestre da universidade quando os tiros foram disparados.
Uma das vítimas fatais do ataque foi Ella Cook, uma estudante do segundo ano de 19 anos, que era vice-presidente do grupo Republicanos da Universidade Brown. Ao anunciar sua morte no domingo, o Reverendo R. Craig Smalleym, da igreja que ela frequentava em Birmingham, Alabama, a descreveu como “uma pessoa incrivelmente centrada, fiel e iluminada”, que encorajava e “inspirava aqueles ao seu redor”.
O outro estudante morto foi Mukhammad Aziz Umurzokov, um calouro de 18 anos de Brandermill, Virgínia, que cursava bioquímica e neurociência. Sua família imigrou do Uzbequistão para os EUA quando ele era criança.
A Brown é parte do prestigiado grupo de universidades Ivy League, da qual também fazem parte Harvard, Yale, Columbia, Princeton, Cornell, Dartmouth e a Universidade da Pensilvânia.
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