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O dólar iniciou a sessão desta segunda-feira (8) em queda. Por volta das 9h35, a moeda recuava 0,06%, cotada a R$ 5,4095. Já o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, abre às 10h.
Com poucos dados econômicos previstos para hoje, os investidores acompanham a alta do petróleo no mercado internacional — movimento que pode influenciar o preço das ações de empresas do setor e trazer oscilações no câmbio. No Brasil, o foco também está nas projeções divulgadas pelo boletim Focus.
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▶️ Ontem (7), a Opep+ anunciou que vai aumentar a produção de petróleo a partir de outubro. Desde abril, o grupo já vinha elevando a oferta, após anos de cortes para equilibrar o mercado. A decisão chamou atenção por vir em um momento de possível excesso de oferta durante o inverno no hemisfério Norte.
▶️ Na agenda brasileira, o boletim Focus indicou que as expectativas dos economistas para a inflação em 2025 continuam em 4,85%. Para 2026, as projeções caíram ligeiramente, de 4,31% para 4,30%.
Veja a seguir como esses fatores influenciam o mercado.
Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair
💲Dólar
a
Acumulado da semana: -0,17%;
Acumulado do mês: -0,17%;
Acumulado do ano: -12,41%.
📈Ibovespa
Acumulado da semana: +0,86%;
Acumulado do mês: +0,86%;
Acumulado do ano: +18,59%.
Boletim Focus
A estimativa dos economistas para a inflação oficial do Brasil em 2025 permaneceu em 4,85%, conforme dados do boletim Focus divulgados pelo Banco Central nesta segunda-feira (8).
Para 2026, a previsão caiu ligeiramente, passando de 4,31% para 4,30%. Já para 2027, houve uma pequena redução de 3,94% para 3,93%.
Em relação à taxa básica de juros (Selic), os especialistas mantêm a expectativa de que ela fique em 15% ao final de 2025 — marca que se repete pela 11ª semana consecutiva. Para o fim de 2026, a projeção continua em 12,50% há 32 semanas, e para 2027, segue em 10,50% pela 30ª semana seguida.
As previsões para o dólar também foram ajustadas. A mediana das estimativas para o fim de 2025 caiu de R$ 5,56 para R$ 5,50. Para 2026, houve leve recuo de R$ 5,62 para R$ 5,60, mesma variação observada nas projeções para 2027.
Aumento na produção de petróleo
Oito países da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep+) decidiram neste domingo (7) elevar a produção de petróleo em 137 mil barris por dia a partir de outubro.
O volume é bem inferior aos aumentos mensais de cerca de 555 mil barris em setembro e agosto, e de 411 mil em julho e junho.
A decisão arca uma desaceleração no ritmo de aumento da produção, diante da expectativa de menor demanda global.
O acordo também indica que a Opep+ iniciou a reversão de uma segunda rodada de cortes, de cerca de 1,65 milhão de barris por dia de oito membros — mais de um ano antes do previsto.
Desde abril, o grupo já havia desfeito a primeira rodada, de 2,5 milhões de barris diários, equivalente a aproximadamente 2,4% da demanda global.
“Os barris podem ser poucos, mas a mensagem é grande”, afirmou Jorge Leon, analista da Rystad e ex-funcionário da Opep. “O aumento tem menos relação com volume e mais com sinalização — a Opep+ está priorizando participação no mercado, mesmo assumindo o risco de preços mais baixos.”
Durante a manhã desta segunda-feira, os preços do petróleo registram alta no mercado internacional. O WTI avançava 1,97%, sendo negociado a US$ 63,09 por barril, enquanto o Brent subia 1,98%, cotado a US$ 66,80.
Bolsas globais
Na sexta-feira, após a divulgação do payroll nos EUA, os principais índices de Wall Street subiram com a expectativa de cortes nos juros pelo Fed. No entanto, os temores de recessão voltaram a pesar no fechamento.
O Dow Jones Industrial Average recuou 0,48%, aos 45.401,11 pontos. O S&P 500 caiu 0,29%, aos 6.483,16 pontos, enquanto o Nasdaq Composite fechou praticamente estável, em queda de 0,03%, a 21.700,39 pontos.
Os mercados europeus operam em alta nesta segunda-feira, em meio à atenção dos investidores para a situação política na França. O país vive um momento delicado, com a possibilidade de trocar novamente de primeiro-ministro — o quinto em apenas três anos.
Apesar de parte dessa instabilidade já estar refletida nos preços, os investidores seguem cautelosos, especialmente diante da expectativa de novas avaliações sobre a dívida francesa, previstas para esta semana.
Com isso, os principais índices da região registram ganhos: o STOXX 600 sobe 0,35%, o DAX da Alemanha avança 0,59%, o FTSE 100 do Reino Unido tem alta de 0,15%, o CAC 40 da França sobe 0,47%, e o FTSE MIB da Itália registra valorização de 0,38%.
Já as bolsas asiáticas fecharam em alta, com destaque para o desempenho positivo das empresas ligadas a produtos básicos de consumo, que ajudaram a compensar as perdas no setor de tecnologia, especialmente em ações de inteligência artificial.
Entre os principais índices, o Nikkei, de Tóquio, subiu 1,45%, fechando aos 43.643 pontos. Em Hong Kong, o Hang Seng avançou 0,85%, chegando a 25.633 pontos. Na China continental, o SSEC de Xangai teve alta de 0,38%, e o CSI300, que reúne grandes empresas de Xangai e Shenzhen, subiu 0,16%.
Outros mercados também fecharam em alta: Seul (+0,45%), Taiwan (+0,22%), Cingapura (+0,05%). A exceção foi Sydney, na Austrália, onde o índice S&P/ASX 200 caiu 0,24%.
Dólar
Reuters/Lee Jae-Won/Foto de arquivo
*Com informações da agência de notícias Reuters