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terça-feira, dezembro 23, 2025
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Dólar opera estável e bolsa sobe com prévia da inflação no Brasil e PIB dos EUA no radar

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Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair
O dólar opera perto da estabilidade nesta terça-feira (23), com leve alta de 0,02% por volta das 10h45, cotado a R$ 5,5849. Já o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, avançava 0,74% no mesmo horário, aos 159.309 pontos.
Apesar do calendário encurtado às vésperas do Natal, o dia reserva uma agenda relevante para os mercados. Indicadores como a prévia da inflação no Brasil e da atividade econômica nos EUA, além de ruídos políticos, ajudam a moldar o humor dos investidores.
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▶️ No Brasil, o IPCA-15 avançou 0,25% em dezembro e acumulou alta de 4,41% em 12 meses, permanecendo dentro do teto de tolerância da meta de inflação do Banco Central. O resultado veio levemente abaixo das projeções do mercado, que apontavam alta de 0,27% no mês e inflação de 4,43% no acumulado anual.
▶️ Nos Estados Unidos, o mercado acompanha a divulgação do PIB do terceiro trimestre, que deve mostrar crescimento anualizado de 3,3%, abaixo do ritmo observado no trimestre anterior.
▶️ Ainda na agenda americana, saem números da produção industrial de novembro, com previsão de leve avanço, além dos indicadores de confiança do consumidor e de novas moradias, que ajudam a avaliar o fôlego do consumo e do mercado imobiliário.
▶️ No cenário político doméstico, investidores podem repercutir a primeira entrevista do ex-presidente Jair Bolsonaro desde a prisão, em meio a possível candidatura de Flávio Bolsonaro.
🔎 Parte do mercado avalia que esse cenário pode favorecer a reeleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e dificultar avanços em ajustes fiscais, enquanto Tarcísio de Freitas (Republicanos) é visto como nome mais competitivo para unificar a direita.
▶️ No mercado internacional, o ouro segue perto da marca de US$ 4.500 por onça, após atingir recorde de US$ 4.497,55. A valorização no ano já supera 70%, impulsionada por busca de proteção, expectativa de cortes nos juros americanos, compras de bancos centrais e tendência de desdolarização.
▶️ Por fim, vale lembrar que a B3, a bolsa brasileira, não terá pregão amanhã (24) nem na quinta-feira (25), o que encurta a semana e tende a reduzir a participação dos investidores. Com isso, a expectativa é de menor liquidez ao longo do dia, um ambiente que costuma intensificar as oscilações dos preços.
Veja a seguir como esses fatores influenciam o mercado:
💲Dólar

a
Acumulado da semana: +0,99%;
Acumulado do mês: +4,66%;
Acumulado do ano: -9,65%.
📈Ibovespa

C

Acumulado da semana: -0,21%;
Acumulado do mês: -0,58%;
Acumulado do ano: +31,47%.
Prévia da inflação
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial do país, avançou 0,25% em dezembro, segundo dados divulgados nesta terça-feira pelo IBGE. Em dezembro de 2024, o índice havia registrado alta de 0,34%.
Com esse resultado, o IPCA-15 encerra o ano com inflação acumulada de 4,41%, permanecendo dentro do intervalo da meta perseguida pelo Banco Central.
A variação de dezembro ficou 0,05 ponto percentual acima do resultado de novembro, quando o IPCA-15 avançou 0,20%. Ainda assim, o número veio levemente abaixo das expectativas do mercado, que projetavam alta de 0,27% no mês e inflação de 4,43% no acumulado de 12 meses.
Dos nove grupos de produtos e serviços que compõem o indicador, sete apresentaram aumento de preços em dezembro. O maior avanço e também o principal impacto sobre o índice vieram do grupo Transportes, que subiu 0,69% no mês e respondeu por 0,14 ponto percentual do resultado total.
Em sentido oposto, o grupo Artigos de Residência registrou queda de 0,64%, retirando 0,02 ponto percentual do índice. Esse foi o quarto recuo consecutivo nos preços médios do grupo, o que ajudou a conter uma alta ainda maior da inflação no período.
Veja abaixo a variação dos grupos em dezembro:
Alimentação e bebidas: 0,13%
Habitação: 0,17%
Artigos de residência: -0,64%
Vestuário: 0,69%
Transportes: 0,69%
Saúde e cuidados pessoais: -0,01%
Despesas pessoais: 0,46%
Educação: 0,00%
Comunicação: 0,01%
Bolsas globais
Os mercados em Wall Street começam a terça-feira com cautela, refletindo a expectativa pela divulgação dos últimos dados econômicos do ano, que podem influenciar as apostas sobre cortes de juros em 2026.
Após três sessões de alta impulsionadas pelo bom desempenho das ações de tecnologia e pela inflação abaixo do esperado em novembro, os investidores agora aguardam o PIB do terceiro trimestre, que deve mostrar crescimento anualizado de 3,3%, sustentado pelo consumo e pelos investimentos.
Nos contratos futuros, o movimento é praticamente estável: Dow Jones recua 0,07%, S&P 500 perde 0,04% e Nasdaq cai 0,05%.
Já os mercados europeus operam em um dia positivo, chegando a tocar um novo recorde impulsionados pelo setor de saúde.
O destaque fica para a alta expressiva da Novo Nordisk, que está subindo após obter aprovação nos EUA para seu medicamento oral para perda de peso, reforçando sua posição na disputa global por tratamentos contra obesidade.
Durante a manhã, o índice pan-europeu STOXX 600 avançava 0,2%, a 587,93 pontos. Entre as principais bolsas, o índice da Alemanha subia 0,1%, enquanto o da Espanha recuava 0,2%, refletindo um desempenho misto entre os mercados da região.
As bolsas asiáticas encerraram o dia com resultados variados. Na China, os índices subiram levemente, apoiados pelo avanço das ações de metais não ferrosos, em meio à disparada do preço do ouro para níveis recordes.
Também houve ganhos no setor de semicondutores, após notícias de que a Nvidia planeja enviar chips mais potentes para clientes chineses antes do Ano Novo Lunar.
Por outro lado, Hong Kong registrou queda, pressionada por perdas em empresas de tecnologia, como a Kuaishou, que sofreu um ataque cibernético.
No fechamento, o índice de Xangai subiu 0,07%, a 3.919 pontos, e o CSI300 avançou 0,20%, a 4.620 pontos. Em Hong Kong, o Hang Seng caiu 0,11%, a 25.774 pontos.
Outros mercados tiveram desempenho positivo: Nikkei, no Japão, ficou estável em 50.412 pontos; Kospi, na Coreia do Sul, ganhou 0,28%, a 4.117 pontos; Taiex, em Taiwan, subiu 0,57%, a 28.310 pontos; e Straits Times, em Cingapura, avançou 0,62%, a 4.638 pontos.
Funcionário de banco em Jacarta, na Indonésia, conta notas de dólar, em 10 de abril de 2025.
Tatan Syuflana/ AP

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