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sábado, agosto 16, 2025
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‘Equilíbrio justo de segurança na Europa’ e ‘grande progresso’ nas negociações: veja os principais recados de Putin e Trump no Alasca

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Putin agradece apoio de Trump e anuncia que não há acordo sobre guerra contra Ucrânia
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, encerraram seu encontro no Alasca após cerca de três horas de negociação, mas não conseguiram chegar ainda a um acordo de cessar-fogo para a guerra da Ucrânia, apontado como principal objetivo.
A reunião começou às 16h30 após os dois protagonizarem um cumprimento efusivo após chegarem ao Alasca, e terminou às 19h15, no horário de Brasília.
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As declarações dos dois líderes após o encontro foram evasivas e não deram informações concretas dos termos negociados.
Em seu discurso, Putin deu acenos a seu colega americano, por exemplo, reafirmando que a guerra na Ucrânia não teria se iniciado em 2022 se Trump fosse o presidente, em vez do democrata Joe Biden. A afirmação foi repetida à exaustão pelo republicano durante sua campanha eleitoral, em 2024.
O presidente russo disse querer a paz na Ucrânia, sem abrir mão do que ele chamou de “preocupações legítimas da Rússia” em relação à segurança nacional — em uma alusão à adesão de seus vizinhos da Europa à Otan.
Já Trump chamou o encontro de “um grande progresso” e disse que “há apenas alguns poucos [pontos] que restam” em aberto para que um acordo de cessar-fogo seja feito. Ele afirmou que vai deixar a União Europeia, o a Otan e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, a par do que foi falado na reunião.
Putin e Trump
Andrew Caballero-Reynolds/AFP
Veja, a seguir, as principais frases de Putin e Trump:
Vladimir Putin
Ucrânia e segurança nacional da Rússia:
“Nossos assessores e chefes das chancelarias mantiveram contato o tempo todo, e vocês sabem muito bem que uma das questões centrais era a situação em torno da Ucrânia. Vemos o esforço da administração e do presidente Trump pessoalmente para ajudar a facilitar a resolução do conflito ucraniano, e seu empenho em chegar ao cerne da questão, em entender a história — o que é algo precioso. Como já disse, a situação na Ucrânia está ligada a ameaças fundamentais à nossa segurança.”
“Além disso, sempre consideramos a nação ucraniana — e já disse isso muitas vezes — como uma nação irmã. Por mais estranho que possa parecer nestas circunstâncias, temos as mesmas raízes, e tudo o que está acontecendo é uma tragédia para nós e uma ferida terrível. Portanto, nosso país está sinceramente interessado em pôr fim a isso.”
“Ao mesmo tempo, estamos convencidos de que, para que o acordo seja duradouro, precisamos eliminar todas as causas primárias desse conflito — e já dissemos isso várias vezes —, considerar todas as preocupações legítimas da Rússia e restabelecer um equilíbrio justo de segurança na Europa e no mundo como um todo. Concordo com o presidente Trump, como ele disse hoje, que naturalmente a segurança da Ucrânia também deve ser garantida.”
Provocação a Kiev e à Europa
“Espero que o acordo que alcançamos juntos nos aproxime desse objetivo e abra o caminho para a paz na Ucrânia. Esperamos que Kiev e as capitais europeias recebam isso de forma construtiva e que não coloquem obstáculos, nem tentem usar manobras de bastidores ou provocações para torpedear o progresso que começa a surgir.”
Afago a Trump
“Lembro que, em 2022, durante o último contato com a administração anterior, tentei convencer meu então colega americano de que a situação não deveria chegar ao ponto sem retorno, quando chegaria às hostilidades, e disse isso de forma bastante direta na época. Foi um grande erro. Hoje, quando o presidente Trump diz que, se fosse o presidente naquela época, não haveria guerra, estou bastante certo de que realmente seria assim. Posso confirmar isso.”
Donald Trump
Trump fala após reunião com Putin: ainda não há acordo
Concordância com Putin
“Concordamos em muitos, muitos pontos — na maioria deles, eu diria. Há um ou dois grandes nos quais ainda não chegamos a um acordo, mas avançamos bastante. Não há acordo até que haja um acordo. Vou ligar para a Otan daqui a pouco. Vou ligar para várias pessoas que considero apropriadas e, é claro, ligarei para o presidente Zelensky para contar sobre a reunião de hoje. No fim das contas, depende deles.”
Progresso alcançado pelo encontro
“Estamos ansiosos para negociar, vamos tentar resolver isso. Realmente fizemos um grande progresso hoje. Sempre tive um relacionamento fantástico com o presidente Putin e com Vladimir. Tivemos muitas, muitas reuniões difíceis, e também boas reuniões.”
Pontos que faltam para selar o acordo
“Há apenas alguns poucos [pontos] que restam, alguns não tão significativos. Um provavelmente é o mais importante, mas temos uma boa chance de chegar lá. Não chegamos hoje, mas temos uma boa chance. Gostaria de agradecer ao presidente Putin e a toda sua equipe.”
Sorrisos na chegada
Putin chega ao Alasca para reunião com Trump
Com sorrisos no rosto, os dois se cumprimentaram e tiraram fotos para a imprensa antes de se encaminharem para a base militar Elmendorf-Richardson, em Anchorage, palco da reunião.
Trump bateu palmas para Putin enquanto o aguardava chegar a seu lado após descer do avião presidencial russo e recebeu sinais de ‘joinha’ em retribuição.
Ao chegarem na base militar, os dois posaram novamente para fotos, ao lado de assessores e secretários, mas não deram declarações.
Bombardeado de perguntas por jornalistas, Putin protagonizou um momento engraçado: atordoado, fez caras e bocas e acabou virando meme.
Putin e Trump rindo após se encontrarem
ANDREW CABALLERO-REYNOLDS / AFP
Essa foi a primeira cúpula entre os dois países desde o início da guerra na Ucrânia, em fevereiro de 2022, e o primeiro encontro a sós entre os dois líderes desde 2018.
A avaliação da imprensa norte-americana antes do encontro era de que, desta vez, um Trump mais autoritário e experiente poderia bater de frente com o russo, que é ex-chefe da KGB, a antiga agência de inteligência russa, e está no poder há 25 anos no total.
Trump e Putin travam o primeiro cara a cara desde o início da guerra da Ucrânia
Entenda a ocupação russa na Ucrânia
Arte/g1

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