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‘Extermínio 3’ perde impacto radical do 1º, mesmo com retorno de diretor e de roteirista; g1 já viu

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Danny Boyle e Alex Garland não conseguem repetir em ‘Extermínio: A evolução’ o que fizeram há 23 anos. Série que revitalizou gênero de zumbis estreia novo filme nesta quinta (19). Apesar de se reencontrarem em “Extermínio: A evolução”, o diretor Danny Boyle (“Quem quer ser um milionário?”) e o roteirista Alex Garland (“Guerra Civil”) não conseguem repetir o impacto radical do primeiro filme da trilogia.
Com pré-estreias nesta quarta-feira (18), e lançamento oficial nesta quinta (19), o terceiro capítulo da série cinematográfica tem ótimo elenco e fotografia belíssima do campo escocês – mas é vítima do próprio sucesso.
Afinal, em 2002, quando todos consideravam morto o subgênero criado por George Romero, era relativamente fácil dar nova vida aos zumbis ao retratá-los como uma ameaça rápida, feroz e implacável.
23 anos (de filmes, séries, quadrinhos, games) depois, a dupla abre mão do olhar cínico sobre a humanidade e se contenta com a (tentativa de) reinvenção de alguns clichês de histórias de mortos-vivos – com resultados variados.
Assista ao trailer de ‘Extermínio: A evolucação’
Família no apocalipse
“A evolução” abraça os pulos temporais da franquia e conta a história de uma família acostumada ao mundo pós-apocalíptico criado quase 30 anos antes, no qual um vírus de contágio rápido transforma infectados em criaturas ferozes e violentas.
A partir dessa premissa, o roteiro adota uma estrutura quase de videogame para contar as aventuras de pai (Aaron Taylor Johnson), mãe (Jodie Comer) e filho (Alfie Williams) fora da segurança dos muros da comunidade isolada em que vivem.
As ótimas atuações do trio – e de um Ralph Fiennes que demora demais para aparecer – e as lindas paisagens das montanhas escocesas se somam à direção madura de Boyle e à trilha sonora do trio Young Fathers para construir a tensão necessária em um filme de terror.
Alfie Williams, Jodie Comer e Ralph Fiennes em cena de ‘Extermínio: A evolução’
Divulgação
Técnica forte, roteiro frágil
Infelizmente, tudo isso consegue no máximo um equilíbrio instável com os problemas de uma trama infestada de dificuldades sérias para seguir as próprias regras.
Não há paisagem exuberante que compense uma das motivações mais bobas da história para início de jornada em um mundo hostil, ou para zumbis categorizados como chefões e capangas de um game.
O primeiro “Extermínio” revitalizou o subgênero ao injetar um pouco de ousadia à metáfora de que, no fim do dia, os verdadeiros monstros sempre seremos nós mesmos.
Ao contrário do que o título sugere, “A evolução” não segue a própria deixa e esquece essa mensagem – ou qualquer espécie de reflexão além de “a morte é inevitável”. Sim, tudo fica mais bonito em latim declamado por Fiennes, um dos melhores atores vivos, mas nem por isso é mais profundo.
Apesar das pistas promissoras para próximos capítulos, com um dirigido por Nia DaCosta (“A lenda de Candyman”) já gravado, este terceiro filme serve mais como uma autorreferência. Bonito, mas vazio como seu mundo.

g1
Aaron Taylor-Johnson e Alfie Williams em cena de ‘Extermínio: A evolução’
Divulgação

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