Hamas diz que entrega de corpos de 19 reféns exige equipamentos especializados
O grupo terrorista Hamas pediu ao Egito, Catar e Turquia, que estão atuando como mediadores do cessar-fogo em Gaza, que pressionem Israel pelos próximos passos do acordo, nesta sexta-feira (17).
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Um dia depois do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, renovar as ameaças de destruição do grupo caso os corpos de todos os reféns mortos não sejam devolvidos logo, o Hamas divulgou um comunicado reiterando seu compromisso com a entrega dos restos mortais, mas voltou a afirmar que o processo “pode levar tempo”.
Grupo terrorista Hamas pede ajuda internacional para encontrar corpos de reféns em Gaza
Reprodução/TV Globo
A nova fase do acordo que o Hamas deseja negociar inclui a reabertura da fronteira da Faixa de Gaza, a entrada de ajuda humanitária, o início da reconstrução do território, a criação de uma administração e a conclusão da retirada de Israel .
A discussão dessas novas medidas, no entanto, estão suspensas depois que o governo israelense acusou o grupo terrorista de estar sendo muito lento na entrega dos corpos dos reféns mortos. A entrada de ajuda foi reduzida.
Israel e EUA ameaçam o Hamas
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez ameaças ao grupo terrorista Hamas em um post em sua rede Truth Social nesta quinta-feira (16).
Trump, que disse há dois dias que o Hamas precisa se desarmar ou será desarmado ‘de forma violenta’, renovou a promessa depois que vídeos de homens armados executando pessoas nas ruas da Cidade de Gaza, capital do território palestino, foram parar nas redes sociais.
“Se o Hamas continuar a matar pessoas em Gaza, o que não era o acordo, não teremos escolha a não ser entrar e matá-los”, escreveu.
Trump: ‘Se o Hamas continuar a matar pessoas em Gaza, não teremos escolha a não ser entrar
Trump, no entanto, não deixou claro se militares americanos atuariam em Gaza ou se o combate ao grupo terrorista ficaria a cargo de Israel, aliado dos EUA.
🔎 Contexto: na última segunda-feira (13), sem Israel nem Hamas, Trump e outros líderes mundiais assinaram um cessar-fogo no Oriente Médio. Trump sinalizou que a primeira fase do acordo estava concluída e que a partir de agora começaria uma nova fase, que debaterá a reconstrução de Gaza.
🔎 A assinatura ocorreu horas após o grupo terrorista Hamas libertar 20 reféns israelenses vivos em Gaza. Dos 48 sequestrados, 28 estão mortos, e Israel ainda aguarda a devolução de todos os corpos (leia abaixo). Como contrapartida, o governo israelense libertou cerca de 2 mil prisioneiros palestinos.
A execução em um cruzamento no centro de Gaza, cuja localização e autenticidade foram confirmadas pela BBC Verify, aconteceu depois que o Hamas prometeu acabar com o que chamou de “anarquia” na Faixa de Gaza.
Analistas dizem que a demonstração de força tem como objetivo, ao menos em parte, resistir aos clãs armados que vêm desafiando cada vez mais o controle do grupo sobre a Faixa de Gaza.
“Combate em Gaza ainda não acabou”, diz Netanyahu
A declaração do presidente dos EUA veio pouco depois que o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que os combates na Faixa de Gaza ainda não terminaram, apesar do acordo de cessar-fogo no território que ele assinou.
Netanyhahu ameaçou o Hamas caso o grupo terrorista não devolva todos os corpos de reféns mortos em cativeiro que se comprometeu a entregar também pelo acordo de cessar-fogo.
“O combate ainda não terminou, mas há uma coisa muito clara: quem levantar a mão contra nós sabe que pagará um preço elevado”, declarou o premiê israelense durante o evento oficial que marca o segundo aniversário do ataque de 7 de outubro de 2023 do Hamas, no cemitério do Monte Herzl, em Jerusalém.
Ele disse ainda que está “determinado a conseguir o retorno de todos os reféns”.
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