Teoria popular na internet ‘prevê’ grandes acontecimentos geopolíticos que envolvem os EUA com o aumento dos pedidos de delivery, sobretudo pizza, em Washington D.C. e arredores. Israel iniciou ataques aéreos contra alvos nucleares do Irã na madrugada desta sexta (13). EUA afirmam que não participaram de ação contra Irã e Trump diz que há mais ataques à frente
Os pedidos de pizza podem prever crises geopolíticas? Esta é a teoria dos defensores do “índice pizza”, que aumentou na noite de quinta-feira (12), quando Israel se preparava para atacar o Irã.
As Forças de Defesa israelense realizaram um ataque na madrugada de sexta-feira (13) no horário local. O bombardeio mirou infraestruturas nucleares iranianas.
A base para tal previsão é a de que funcionários do Pentágono, do Departamento de Estado e da Casa Branca permanecem em seus escritórios até a madrugada às vésperas de acontecimentos importantes que envolvem os Estados Unidos no cenário internacional. Isso provoca um aumento dos pedidos de delivery, sobretudo pizza, em Washington e arredores.
A teoria é popular na internet, em fóruns no Reddit e há até mesmo uma conta na rede social X “Pentagon Pizza Report”, seguida por mais de 38 mil pessoas.
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O perfil informa quando a atividade de uma pizzaria Domino’s localizada nos arredores do Departamento de Defesa americano ultrapassa seu nível habitual.
Segundo a conta, este foi o caso da noite de quinta-feira, com um pico de pedidos antes do fechamento do estabelecimento, pouco antes de Israel lançar seu ataque contra o Irã.
Os usuários consideraram que a teoria se confirmou depois de uma publicação do embaixador americano em Israel, Mike Huckabee, na qual ele pedia, minutos antes dos ataques, para que “rezassem por Jerusalém”.
A teoria do “índice pizza” já circula há décadas entre os que acompanham mais de perto os movimentos do governo dos Estados Unidos. Ele já foi mencionado antes que a Marinha americana invadisse Granada no início da década de 1980 e durante a crise do Panamá em 1989, por exemplo.
Em agosto de 1990, a revista americana “Time” informou que os pedidos de pizza na sede da CIA (Agência Central de Inteligência dos EUA) dispararam na noite anterior à entrada das tropas iraquianas no Kuwait.
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Ataques de Israel ao Irã
Foto mostra destroços em Teerã após ataque de Israel ao Irã
Meghdad Madadi/Tasnim News/AFP
🔴 O ataque acontece em meio a crescentes tensões entre os dois países e ao desenvolvimento do programa nuclear iraniano.
Pouco após Israel lançar o bombardeio contra o Irã, o premiê israelense, Benjamin Netanyahu, divulgou um pronunciamento gravado com antecedência.
“Estamos em um momento decisivo na história de Israel”, disse.
Em seu discurso, o primeiro-ministro disse que a operação militar tem como objetivo deter “a ameaça iraniana à própria sobrevivência de Israel” e que os ataques continuarão “por quantos dias forem necessários”.
Segundo um oficial das Forças de Defesa de Israel, o Irã possui urânio suficiente para construir ogivas nucleares em questão de dias e o regime iraniano está em um estágio avançado de um programa nuclear secreto para desenvolver uma bomba.
O bombardeio matou o chefe da Guarda Revolucionária do Irã, Hossein Salami, e o chefe das Forças Armadas do país, Mohammad Bagheri. Dois cientistas nucleares também foram mortos.
Uma nota divulgada pela embaixada de Israel no Brasil afirmou que o Irã é o “principal patrocinador do terrorismo global” e representa uma ameaça ao Estado.
O governo iraniano ameaçou Israel e Estados Unidos ao afirmar que os países vão “pagar caro”. O líder supremo iraniano, o aiatolá Ali Khamenei, disse que Israel receberá “um destino amargo”.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pressionou o Irã por um acordo nuclear “antes que não sobre mais nada”.
Os EUA não tiveram envolvimento na operação, segundo o secretário de Estado americano, Marco Rubio.
