
café
Freepik
O Ministério da Agricultura divulgou nesta segunda-feira (22) que 23 lotes de quatro marcas de café foram recolhidos e considerados impróprios para consumo.
São elas: Terra da Gente, Jalapão, Made in Brazil e Q-Delícia (veja os lotes abaixo).
Segundo o Ministério, a desclassificação desses produtos ocorreu após análises laboratoriais detectarem a presença de matérias estranhas e impurezas acima do limite permitido, que é de 1%, segundo a legislação.
Matérias estranhas são pedras, areia, grãos ou sementes de outras espécies vegetais, como de erva daninhas;
E impurezas são galhos, folhas e cascas.
Outro lado: em nota, a Solveig, responsável pelo Terra da Gente, disse que os lotes informados pelo Ministério “são antigos, já foram integralmente segregados e não estão em circulação no mercado” (leia a nota na íntegra ao final da reportagem).
As demais fabricantes não retornaram ao contato do g1.
Veja os vídeos que estão em alta no g1:
Veja os vídeos que estão em alta no g1
LEIA MAIS:
Governo já proibiu 6 marcas de café ou ‘bebida sabor café’ em 2025
Anvisa proíbe três marcas de ‘café fake’ após detectar toxina em produtos
O ministério também orienta que consumidores que tenham adquirido os produtos listados deixem de consumi-los imediatamente. É possível solicitar a substituição do produto com base nas disposições do Código de Defesa do Consumidor.
Além disso, caso os produtos ainda estejam sendo comercializados, o ministério solicita que a ocorrência seja comunicada por meio do canal oficial Fala.BR, com o nome e endereço do estabelecimento onde foi realizada a compra.
Lotes recolhidos
Dos 23 lotes recolhidos, 18 são referentes à marca Terra da Gente, 2 à Jalapão, 2 à Made in Brazil e 1 à Q-Delícia.
Veja os lotes abaixo:
Outras marcas
Além das três desclassificadas nesta segunda, outras seis marcas de café (ou ‘pó saber café’) já haviam sido alvo de alguma restrição do governo em 2025: Melissa, Pinto Preto, Oficial do Brasil, Café Câmara, Fellow Criativo (da Cafellow) e Vibe Coffee.
No caso da Vibe Coffee, a marca teve todos seus produtos apreendidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em novembro por questões sanitárias.
A agência, no entanto, revogou a proibição nesta segunda, alegando que as irregularidades foram sanadas, e todos os cafés produzidos pela Vibe Coffee a partir de 15 de dezembro de 2025 estão liberados para consumo.
Veja mais:
Saiba diferenciar café e pó sabor café na prateleira, para não errar nas compras
‘Café fake’: saiba diferenciar café e pó sabor café na prateleira
Pureza do café
Segundo a legislação brasileira, para ser considerado café, o produto precisa conter apenas o grão.
A lei permite que ele possua até 1% de impurezas naturais do café (galhos, folhas e cascas) e matérias estranhas (como pedras, areia, grãos ou sementes de outras espécies vegetais, como de ervas daninhas).
Mas ela proíbe completamente os chamados elementos estranhos, que são grãos ou sementes de outros gêneros (como milho, trigo, cevada), corantes, açúcar, caramelo e borra de café solúvel ou de infusão.
O que diz o Terra da Gente
“A Solveig Indústria e Comércio de Café Ltda., responsável pelo café Terra da Gente, esclarece que os lotes mencionados na notícia do MAPA são antigos, já foram integralmente segregados e não estão em circulação no mercado, não representando qualquer risco ao consumidor.
Tão logo a empresa tomou conhecimento das supostas irregularidades, adotou medidas imediatas, como a segregação dos lotes e o reforço nos controles de qualidade. Desde agosto de 2025, a empresa também vem implementando um plano de modernização industrial, com equipamentos atualizados, processos aprimorados e rastreabilidade completa de toda a produção.
A empresa cumpre integralmente todas as normas e exigências da Portaria do MAPA.
Todos os lotes atualmente produzidos passam por rigorosos controles de qualidade, com laudos laboratoriais que confirmam sua plena conformidade com os padrões legais e de segurança alimentar.
A Solveig reafirma seu compromisso com a qualidade, segurança e transparência, garantindo que os produtos atualmente disponíveis são seguros e confiáveis.”


