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sexta-feira, agosto 22, 2025
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Netanyahu: Israel seguirá ofensiva em Gaza mesmo que Hamas aceite cessar-fogo

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Benjamin Netanyahu em entrevista para a Sky News Austrália
Reprodução
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que continuará a ofensiva na Faixa de Gaza mesmo que o grupo terrorista Hamas concorde com um acordo de cessar-fogo de “última hora” em entrevista à emissora Sky News Austrália.
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Em meio aos avanços das tropas israelenses para a capital do território palestino, a Cidade de Gaza, Netanyahu afirmou que está “prestes a completar a guerra” e que seu objetivo é libertar todos os reféns, desarmar o Hamas, desmilitarizar Gaza e dar um futuro diferente aos moradores de lá.
“Vamos fazer isso de qualquer maneira. Nunca houve dúvida de que não deixaríamos o Hamas lá. Acho que o presidente Trump disse da melhor forma, dizendo que o Hamas precisa desaparecer de Gaza. É como deixar a SS na Alemanha. Sabe, você limpa a maior parte da Alemanha, mas deixa de fora Berlim, com a SS e o núcleo nazista lá”, declarou.
O premiê israelense argumentou que eliminar o último reduto do Hamas é essencial para uma paz duradoura, tanto para israelenses quanto para palestinos: “É para libertar Gaza, libertá-los da tirania do Hamas, libertar Israel e outros do terrorismo do Hamas, dar a Gaza e Israel um futuro diferente”.
Nesta quinta-feira (21), após a divulgação da entrevista para a TV australiana, ele disse ter ordenado o início imediato das negociações para a libertação de todos os reféns em Gaza e a conclusão da guerra em termos aceitáveis ​​para Israel.
Netanyahu também criticou o anúncio de que a Austrália decidiu reconhecer o Estado palestino e criticou fortemente o primeiro-ministro do país, Anthony Albanese:
“Acho que seu histórico será manchado para sempre pela fraqueza que ele demonstrou diante desses monstros terroristas do Hamas. Quando a pior organização terrorista do planeta – esses selvagens que assassinaram mulheres, estupraram-nas, decapitaram homens, queimaram bebês vivos na frente de seus pais e fizeram centenas de reféns – quando essas pessoas parabenizam o primeiro-ministro da Austrália, você sabe que algo está errado”.
O avanço do Exército de Israel em Gaza
Porta-voz militar israelense, Effie Defrin
REUTERS
Nesta quarta-feira (20), o Exército israelense iniciou os “primeiros estágios” da tomada da Cidade de Gaza, a mais populosa da Faixa de Gaza e já controla os arredores do local.
A tomada da cidade, que prevê uma ampla operação terrestre com tanques, soldados e intensos bombardeios, integra plano para captura total do território palestino aprovado pelo gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, no início de agosto, e vem sendo preparado pelas Forças Armadas desde então.
A operação militar na Cidade de Gaza e seus arredores será “progressiva, precisa e seletiva”, explicou um comandante militar israelense nesta quarta. “Alguns destes locais são zonas nas quais não operamos anteriormente, onde o Hamas ainda mantém capacidade militar”, detalhou. A operação “vai continuar até 2026”, antecipou a rádio militar.
Algumas horas depois do anúncio israelense, o Hamas se pronunciou e afirmou que o plano de conquista de Gaza mostra o “desrespeito flagrante” de Israel pelos esforços de mediação. Há dois dias, o grupo terrorista concordou com a proposta de cessar-fogo proposta pelo Egito e pelo Catar.
O acordo de cessar-fogo, que ainda não teve resposta de Israel, prevê uma trégua de 60 dias e a libertação de metade dos reféns restantes em troca de prisioneiros palestinos.
Israel anuncia a convocação de 60 mil reservistas
Nesta quarta-feira (20), Israel também aprovou um plano de colonização na Cisjordânia.
O projeto para construir 3.400 moradias na Cisjordânia e anexar o território palestino ocupado, em resposta aos anúncios de vários países que reconheceram um Estado palestino, foi anunciado pela primeira vez há uma semana por um ministro israelense de extrema direita.
Nesta quinta-feira (21), 21 países – entre eles, Reino Unido, França, Espanha, Itália e Canadá – declararam, em um comunicado conjunto, que o plano é “inaceitável” e constitui “uma violação do direito internacional”.
Na sexta-feira (15), o Ministério das Relações Exteriores do Brasil já havia divulgado uma nota afirmando que o governo brasileiro condena a decisão do governo de Benjamin Netanyahu.
O ataque do Hamas em outubro de 2023, que desencadeou a guerra, provocou a morte de 1.219 pessoas, segundo um balanço da agência de notícias AFP baseado em números oficiais. A ofensiva israelense matou mais de 61.500 palestinos, segundo números do Ministério da Saúde de Gaza, considerados confiáveis pela ONU.

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