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terça-feira, setembro 16, 2025
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Onda de violência política nos EUA atinge esquerda e direita com centenas de casos

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Homenagens a Charlie Kirk durante vigília realizada na Alemanha
EPA via BBC
O assassinato do influenciador trumpista Charlie Kirk, de 31 anos, na semana passada levantou uma onda de publicações nas redes sociais sobre uma suposta perseguição a líderes da direita e da direita radical.
Comparando a morte do ativista à tentativa de assassinato do ex-presidente Jair Bolsonaro, em 2018, e, mais recentemente, à de Donald Trump em um comício no ano passado, apoiadores dessas lideranças pedem para o fim dos ataques aos conservadores.
Mas as notícias apontam para um momento violento e radical tendo como alvo tanto a direita, quanto a esquerda. Ou tanto republicanos e conservadores, quanto democratas e progressistas.
Até o momento, o suspeito de ter disparado contra Kirk, que foi assassinado enquanto fazia um discurso na Universidade Utah Valley, foi identificado como Tyler Robinson, um estudante de elétrica de 22 anos.
Robinson foi detido na quinta-feira (11), após se entregar. O governador de Utah, Spencer Cox, disse ao Wall Street Journal que o suspeito, natural de Utah, estava “profundamente doutrinado com a ideologia de esquerda”.
No entanto, Robinson se registrou para votar em 2021 como “não filiado” a nenhum partido político nos EUA, segundo registros vistos pela BBC.
Ataques contra deputada, senador e governador
Levantamento realizado pela agência Reuters mostrou que os EUA estão vivendo a crescente mais prolongada de violência política desde a década de 1970, e que essa tendência teve início durante a primeira corrida presidencial de Trump em 2016.
Entre o ataque ao Capitólio, em 6 de janeiro de 2021, e a eleição presidencial de 2024, foram contabilizados 300 casos de violência política.
O crime contra Kirk, portanto, não está isolado. Pelo contrário, se soma a uma série de atos violentos no país.
Em abril, um homem invadiu a residência do governador da Pensilvânia, o democrata Josh Shapiro, e ateou fogo no local enquanto a família estava dentro da casa.
Dois meses depois, a então presidente da Câmara dos Representantes, a deputada democrata Melissa Hortman, e seu marido, Mark Horman, fora mortos a tiros dentro de casa.
Antes do atentado, o autor dos disparos ainda tentou assassinar o senador John Hoffman, também do Partido Democrata, e sua esposa, Ivette Hoffman, mas ambos sobreviveram.
Preso no dia seguinte, o acusado, Vance Boelter, tinha, segundo as investigações, uma empresa de segurança privada e estava disfarçado de policial no momento do atentado.
Segundo a CNN, Boelter se registrou para votar como republicano nos anos 2000 e, de acordo com seu amigo David Carlson, que deu entrevistas à imprensa na época dos crimes, era simpatizante do governo Trump e firmemente contrário a direitos como o aborto e às pautas da comunidade LGBT.
No fim do ano, o assassinato do executivo do setor de planos de saúde, Brian Thompson, CEO da UnitedHealthcare, chocou os Estados Unidos e levantou o debate sobre a raiva contra planos de saúde.
O acusado, Luigi Mangione, de 26 anos, ainda não foi julgado. Mas em abril, a procuradora-geral dos EUA, Pam Bondi, afirmou que a Justiça pediria a pena máxima como parte da “agenda do presidente Donald Trump para acabar com crimes violentos e tornar a América segura de novo”.
No ano passado, a campanha presidencial nos EUA foi marcada pelo atentado a Donald Trump, enquanto o republicano fazia um discurso em um comício na Pensilvânia. Ryan Routh, o acusado do atentado, ocorrido em setembro, começou a ser julgado na semana passada na Flórida.
Routh, de 59 anos, se declarou inocente.
Entre o ataque ao Capitólio, em 6 de janeiro de 2021, e a eleição presidencial de 2024, foram contabilizados 300 casos de violência política, segundo a Reuters
Elizabeth Frantz/Reuters
Dois anos antes, um agressor armado com um martelo invadiu a casa da então presidente da Câmara, Nancy Pelosi, membro influente do Partido Democrata, e espancou seu marido, Paul Pelosi.
Em 2017, um homem abriu fogo contra congressistas republicanos durante um treino em um campo de beisebol no norte da Virgínia.
No Brasil, a violência política também tem sido presente dentro e fora das campanhas eleitorais.
O atentado ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em 2018, ferido com uma facada durante um comício em Minas Gerais, marcou com violência aquela eleição. O autor do ataque, Adélio Bispo, está preso, embora tenha sido considerado pela Justiça inimputável devido à insanidade mental.
Em 2022, também durante as eleições presidenciais, Marcelo Arruda, tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu (MG), foi assassinado enquanto celebrava seu aniversário. O tema da festa era o PT e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O acusado, o ex-policial penal federal Jorge José da Rocha Guaranho, foi condenado a 20 anos de prisão por homicídio duplamente qualificado.

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