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Orquestra Imperial expõe a nobreza de Erasmo Carlos ao seguir o baile (de arromba) em show em festival carioca

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Jota.Pê, convidado da Orquestra Imperial no show em tributo a Erasmo Carlos (1941 – 2022), se afina com Emanuelle Araújo, vocalista da big band
Divulgação / Doce Maravilha
♫ OPINIÃO SOBRE SHOW
Título: Erasmo Imperial
Artista: Orquestra Imperial
Data e local: 27 de setembro de 2025 no festival Doce Maravilha no Jockey Clube Brasileiro (Rio de Janeiro, RJ)
Cotação: ★ ★ ★ ★ ★
♬ Em agosto de 2023, a Orquestra Imperial se impôs como um dos destaques da primeira edição do festival Doce Maravilha com show em tributo a Rita Lee (1947 – 2023), então falecida há dois meses. No ano passado, a big band carioca pôs em cena Donato Imperial (2024), homenagem à singular bossa latina do pianista e compositor João Donato (1934 – 2023).
No fim da tarde de sábado, 27 de setembro, a Orquestra voltou ao festival Doce Maravilha para seguir o baile com Erasmo Imperial e fez festa de arromba com show calcado na obra tremendamente importante de Erasmo Carlos (5 de junho de 1941 – 22 de novembro de 2022).
Em cena, os vocalistas Emanuelle Araújo, Matheus VK, Moreno Veloso, Nina Becker, Rubinho Jacobina e Thalma de Freitas se alternaram – com a adesão luxuosa de convidados como o guitarrista Rick Ferreira e os cantores Jota.Pê e Gaby Amarantos – no canto de músicas do cancioneiro de Erasmo e do parceiro Roberto Carlos.
Uma das surpresas do roteiro, Na paz do seu sorriso é canção lançada por Roberto em 1979, regravada por Erasmo com Wanderléa no ano seguinte e enternecida com o canto soul de Thalma de Freitas no show Erasmo Imperial.
A Orquestra Imperial estreia o show ‘Erasmo Imperial’ na terceira edição do festival ‘Doce Maravilha’
Divulgação / Doce Maravilha
Aberto com a balada existencialista Sentado à beira do caminho (1969) na voz de Moreno Veloso, o roteiro caiu bonito no suingue do samba-rock em números como O comilão (1973) – degustado por Rubinho Jacobina – e Meu ego (1977), tema levado no pulso firme dos metais da Orquestra Imperial com as vozes de Thalma de Freitas e Nina Becker, mas o baile extrapolou esse gênero musical recorrente na discografia de Erasmo ao longo dos anos 1970.
Grilos (1972) foi suavizado pelo canto de Moreno Veloso no mesmo tom com que Matheus VK encarou Gente aberta (1971). Dois números em apropriado tempo de delicadeza.
Primeiro convidado do show, o guitarrista Rick Ferreira – músico recorrente nos discos de Erasmo Carlos desde 1975 – turbinou Sou uma criança, não entendo nada (1974), número solado por Matheus VK.
Na sequência, Jota.Pê entrou em cena e, com presença luminosa, puxou o enredo do samba A história da morena nua que abalou as estruturas do esplendor do Carnaval (2002) – única parceria de Erasmo com Max de Castro – antes de percorrer a trilha soul de Além do horizonte (1975) com os vocais de todos os cantores da orquestra.
Os convidados contribuíram para o magnetismo do show. Após Emanuelle Araújo tirar Sorriso dela (1972) do baú, Gaby Amarantos foi chamada para entrar na festa e, confirmando o ótimo momento artístico, a cantora paraense eletrizou o público com a abordagem rock doido de Mesmo que seja eu (1982), feita após o canto de A menina da felicidade (2023), música composta por Erasmo para álbum abortado por Wanderléa antes mesmo da gravação e lançada em disco por Gaby em dueto póstumo com o Tremendão.
No fim, Emanuelle Araújo puxou o canto coletivo do samba-rock Coqueiro verde (1970), preparando o clima para o gran finale com o rock Se você pensa, com todos no palco.
Enfim, com Erasmo Imperial, a orquestra carioca acerta em mais em tributo ao expor a nobreza da obra fundamental do Gigante gentil em show vibrante que sobressaiu na programação da terceira edição do festival Doce Maravilha. Valorizado pelos arranjos e pelas presenças solares dos convidados, o tributo da Orquestra Imperial a Erasmo Carlos merece vida longa. O baile é de arromba!
Nina Becker (de vermelho), Gaby Amarantos – convidada do show da Orquestra Imperial – e Thalma de Freitas cantam Erasmo Carlos
Divulgação / Doce Maravilha

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