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Putin admite que Rússia derrubou avião da Embraer no Cazaquistão; acidente matou 38 pessoas

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Acidente com avião da Embraer no Cazaquistão matou 38 pessoas em dezembro de 2024.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, admitiu nesta quinta-feira (9) que as defesas aéreas russas foram responsáveis pelo acidente com um avião da Embraer que matou 38 pessoas, em dezembro do ano passado, no Cazaquistão.
A declaração foi dada durante um encontro com o presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev. Putin afirmou que dois mísseis russos detonaram ao lado do avião da Azerbaijan Airlines depois que drones ucranianos entraram no espaço aéreo do país.
“Os dois mísseis lançados não atingiram o avião diretamente. Se isso tivesse acontecido, ele teria caído no local. Mas eles explodiram, talvez como medida de autodestruição, a poucos metros de distância, cerca de 10 metros. E, assim, o dano foi causado, não pelas ogivas, mas provavelmente pelos destroços dos próprios mísseis”, detalhou.
“É por isso que o piloto percebeu a colisão como um bando de pássaros, o que ele relatou aos controladores de tráfego aéreo russos, e tudo isso está registrado nas chamadas ‘caixas-pretas'”, continuou Putin.
Aliyev, que criticou a Rússia na época do acidente, acusando o país de tentar encobrir sua causa, nesta quinta agradeceu a Putin por monitorar pessoalmente o progresso da investigação.
O presidente russo ainda prometeu indenização aos afetados e pediu desculpas:
“É claro que tudo o que for necessário em casos tão trágicos será feito pelo lado russo em termos de indenização e uma avaliação legal de todas as questões oficiais será feita. É nosso dever, repito mais uma vez… fazer uma avaliação objetiva de tudo o que aconteceu e identificar as verdadeiras causas”.
O avião da Azerbaijan Airlines, um Embraer-190, viajava de Baku, no Azerbaijão, pra Grózni, na Rússia, mas caiu ao realizar um pouso de emergência no Cazaquistão.
Investigação apontou que queda foi provocada por ‘objetos externos’
Avião fabricado pela Embraer caiu no Cazaquistão no dia 25 de dezembro de 2024
Azamat Sarsenbayev/Reuters
Em fevereiro, o governo do Cazaquistão divulgou um relatório preliminar sobre a investigação do acidente e apontou que a queda poderia ter sido provocada por objetos externos, mas que eram “necessárias outras pesquisas e exames para determinar a natureza e a origem dos danos causados por esses objetos”.
De acordo com o documento, os pilotos solicitaram a mudança no local de pouso, relatando que o avião havia sido atingido por pássaros e que dois assentos explodiram.
O relatório não cita mísseis, mas uma das suspeitas de especialistas era de que o avião poderia ter sido atingido por estilhaços do sistema antiaéreo de defesa da Rússia, já que, alguns dias depois do acidente, o governo russo admitiu que três cidades estavam sob ataque de drones ucranianos e os sistemas de defesa agiram para repelir esses ataques.
Ainda segundo o relatório, ”um exame inicial dos fragmentos revelou danos múltiplos, penetrantes e não penetrantes, de vários tamanhos e formas na seção da cauda, fuselagem, barbatana e estabilizador, elevador e leme. Danos semelhantes foram encontrados no motor esquerdo e na asa esquerda da aeronave”.
Perfurações no avião da Embraer que caiu no Cazaquistão em dezembro de 2024
Reprodução/Relatório preliminar do governo do Azerbaijão
Investigação do Brasil
A análise dos dados da caixa-preta do avião foi feita no Brasil, país onde fica a sede da Embraer, empresa fabricante do avião. O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) concluiu no dia 6 de janeiro a análise das caixas-pretas do avião da Embraer.
Os equipamentos chegaram ao solo brasileiro em 1º de janeiro e começaram a ser analisados no dia seguinte. Os dados extraídos foram entregues à Autoridade de Investigação de Acidentes Aeronáuticos do Cazaquistão – agência responsável pela análise e investigação do acidente. Ainda não há detalhes sobre o que foi ouvido nas gravações.
“Toda a análise e as conclusões que serão publicadas no Relatório Final dessa investigação aeronáutica são de exclusiva responsabilidade da Autoridade de Investigação do Cazaquistão”, informou a FAB à época.
A aeronave havia saído de Baku, capital do Azerbaijão, e tinha como destino a cidade russa de Grózni, capital da Chechênia.
Arte/ g1

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