O presidente da Rússia, Vladimir Putin, o presidente da China, Xi Jinping, e o líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un, chegam a um desfile militar para comemorar o 80º aniversário da rendição do Japão na Segunda Guerra Mundial, em Pequim, China, na quarta-feira, 3 de setembro de 2025.
Sergei Bobylev, Sputnik, Kremlin Pool Photo via AP
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, agradeceu ao líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, pelo envio de tropas norte-coreanas para lutar no lado russo da guerra da Ucrânia. A reunião entre os dois ocorreu após um desfile militar realizado na China pela celebração dos 80 anos da derrota japonesa na 2ª Guerra Mundial nesta quarta (3).
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O presidente russo disse, ainda, que a Rússia e a Coreia do Norte têm lutado juntas contra o “nazismo contemporâneo”.
“Gostaria de agradecer, em nome do povo russo, por nossa participação conjunta na luta contra o neonazismo contemporâneo”, declarou Putin, segundo a agência de notícias France-Presse (AFP).
A Rússia e Coreia do Norte assinaram um acordo militar no ano passado, incluindo uma cláusula de defesa mútua, durante uma rara visita do presidente russo Vladimir Putin à Coreia do Norte.
Com isso, desde o início da guerra, a Coreia do Norte enviou mais de 9 milhões de munições, milhares de soldados e outros armamentos de guerra à Rússia. O que teve impacto direto nas capacidades russas na guerra da Ucrânia, revelou o relatório de um grupo observador do conflito em maio deste ano.
As munições enviadas pela Coreia do Norte permitiram que a Rússia intensificasse os bombardeios contra a infraestrutura civil essencial na Ucrânia, segundo o Grupo Multilateral de Monitoramento de Sanções (MSMT, na sigla em inglês).
Nesta semana, os serviços de inteligência da Coreia do Sul afirmou que cerca de 2 mil soldados da Coreia do Norte morreram na guerra.
Em abril, a estimativa sul-coreana era de “pelo menos 600”, mas, com base em avaliações atualizadas, o número estimado mais do que dobrou, declarou à imprensa o deputado Lee Seong-kweun após uma reunião de informação com o Serviço Nacional de Inteligência sul-coreano (NIS).
Lee afirmou ainda que o NIS acredita que Pyongyang planeja enviar outros 6.000 soldados e engenheiros para a Rússia e que mil já chegaram.
“Estima-se que, do recente plano de terceira leva de 6 mil tropas, cerca de mil engenheiros de combate já tenham chegado à Rússia”, disse .
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O desfile na China
A China realizou nesta o maior desfile militar de sua história, em uma demonstração do crescente poder bélico e influência geopolítica do país. Durante a cerimônia, o presidente Xi Jinping afirmou que o mundo, agora, está diante da escolha entre paz ou guerra.
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Em discurso para mais de 50 mil espectadores, Xi afirmou que o povo chinês “permanece firmemente do lado certo da história” e comentou as tensões globais.
“Hoje, a humanidade está diante da escolha entre paz ou guerra, diálogo ou confronto, ganhos mútuos ou soma zero”, afirmou.
O desfile, chamado de “Dia da Vitória”, incluiu sobrevoos aéreos, tropas marchando e a apresentação de equipamentos militares de última geração, como mísseis hipersônicos, drones e tanques modernos. Antes do discurso principal, Xi passou em revista as tropas alinhadas em formação.
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