Putin faz caras e bocas ao lado de Trump antes de negociações; VÍDEO
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, virou meme nas redes sociais após fazer caras e bocas ao posar para fotos ao lado do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, antes da reunião deles no Alasca, nesta sexta-feira (15).
Inicialmente com uma expressão neutra, Putin pareceu começar a ficar alarmado com a quantidade de perguntas feitas pelos jornalistas que tentavam uma declaração dele antes que os dois começassem a conversa privada.
De acordo com a BBC, o presidente russo foi questionado, por exemplo, sobre o cessar-fogo, se estaria disposto a se comprometer a não matar mais civis e por que Trump deveria confiar em sua palavra agora.
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Putin reage de forma engraçada a perguntas de jornalistas antes de reunião com Trump
REUTERS
Encontro caloroso
Putin chega ao Alasca para reunião com Trump
Antes desse momento, já na base militar Elmendorf-Richardson, em Anchorage, Trump recebeu Putin com tapete vermelho. Com sorrisos no rosto, os dois se cumprimentaram e tiraram fotos para a imprensa.
Trump bateu palmas para Putin enquanto o aguardava chegar a seu lado após descer do avião presidencial russo e recebeu sinais de ‘joinha’ em retribuição.
Putin e Trump rindo após se encontrarem
ANDREW CABALLERO-REYNOLDS / AFP
Já no carro, Putin foi visto sorridente e acenando.
Ao chegarem na base militar, os dois posaram novamente para fotos, ao lado de assessores e secretários, mas não deram declarações.
O presidente dos EUA, Donald Trump, aperta a mão do presidente russo, Vladimir Putin
REUTERS/Kevin Lamarque
Encontro de Putin e Trump no Alasca
REUTERS/Kevin Lamarque
Trump bate palmas para Putin enquanto aguarda para o cumprimentar
REUTERS
Expectativa para as negociações
Donald Trump e Vladimir Putin são os dois grandes atores do tabuleiro atual da geopolítica mundial. O encontro, acredita Putin, tem potencial de “selar a paz mundial”.
Para Donald Trump, as negociações serão “como uma partida de xadrez”.
Essa é a primeira cúpula entre os dois países desde o início da guerra na Ucrânia, em fevereiro de 2022, e o primeiro encontro a sós entre os dois líderes desde 2018.
A avaliação da imprensa norte-americana é que, desta vez, um Trump mais autoritário e experiente pode bater de frente com o homólogo russo. Mas o embate não será fácil: ex-chefe da KGB, a antiga agência de inteligência russa, Vladimir Putin está no poder há 25 anos, no total, e foi treinado para manipular e enganar o inimigo — á época, os Estados Unidos.
Trump e Putin travam o primeiro cara a cara desde o início da guerra da Ucrânia
Embora tenham trocado críticas e ameaças nos últimos meses, tanto Trump como Putin sinalizaram, na véspera da reunião, estar esperançosos de que será um bom encontro.
O líder russo elogiou os “esforços sinceros” de Washington para solucionar a guerra na Ucrânia e disse achar que o cara a cara com Trump pode selar a “paz mundial”. Mas ponderou que isso só ocorrerá caso haja um acordo para restringir o uso de armas estratégicas, incluindo as nucleares, já sugerindo uma tentativa de barganhar algo em troca de um cessar-fogo na Ucrânia.
Trump também enviou mensagens dúbias nos últimos dias: se mostrou esperançoso e disse que “acho que ele (Putin) fará um acordo”, mas admitiu que “nada está garantido. Será como uma partida de xadrez”. E, mesmo munido de autoconfiança como negociador, o líder norte-americano e seu governo foram baixando as expectativas ao longo dos últimos dias.
Ele afirmou ter calculado em 25% as chances de o encontro “terminar mal” e já fala na necessidade de uma segunda reunião com o mandatário russo antes mesmo da a primeira acontecer. Seu secretário de Estado, Marco Rubio, também afirmou que, embora esperançoso, “em última instância, caberá à Ucrânia e à Rússia concordar pela paz”.
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Uma certeza que ambos os lados apontam é que o debate pelas regiões ucranianas atualmente ocupadas por tropas russas será o ponto central das negociações. Segundo o Instituto para o Estado da Guerra (ISW, na sigla em inglês), Moscou controla militarmente cerca de 20% de todo o território ucraniano.
E nenhum dos lados sinalizou querer abrir mão dessas regiões.
Entenda a ocupação russa na Ucrânia
Arte/g1
