Jovens foram vistas entrando em carro antes de serem achadas mortas em Buenos Aires
O triplo homicídio das três jovens argentinas confirmado nesta quinta-feira (25) em Buenos Aires abalou a Argentina pela brutalidade dos crimes. Brenda Castillo e Morena Verri, de 20 anos, e Lara Gutiérrez, de 15, eram do distrito de La Matanza e, segundo o Clarín trabalhavam como profissionais do sexo.
De acordo com o jornal argentino “La Nación”, as jovens foram esquartejadas em uma casa ligada a uma organização criminosa.
O secretário de Segurança de Buenos Aires, afirmou que a tortura e o assassinato das jovens foram transmitidos ao vivo nas redes sociais para um pequeno grupo de cúmplices, de cerca de 45 pessoas.
“Isso acontece com quem rouba minhas drogas”, teria dito um dos líderes durante a transmissão.
Morena Verdi, Brenda Castillo e Lara Gutiérrez
Redes sociais / Reprodução
Quem são as vítimas?
As três mulheres foram identificadas como:
Brenda Castillo, de 20 anos, mãe de uma criança;
Morena Verri, 20 anos;
Lara Morena Gutiérrez, de 15 anos.
Elas eram do distrito de La Matanza, o mais populoso dos 135 distritos da província de Buenos Aires, e trabalhavam como profissionais do sexo.
Brenda Castillo
De acordo com o jornal argentino La Nación, Brenda tinha 20 anos e era descrita pela família como uma jovem dedicada ao filho pequeno. Seu pai contou que a criou desde muito cedo, tentando ser o melhor pai possível apesar das dificuldades. A mãe, emocionada, disse que a filha era “uma boa menina” e exigiu justiça: “Eles a tiraram de mim e eu quero que paguem por tudo o que me fizeram”.
Segundo a autópsia, Brenda foi esfaqueada no pescoço, agredida no rosto e morta com um golpe que esmagou sua face. Depois, teve o abdômen aberto pelos assassino.
Morena Verri
Morena era prima de Brenda e foi morta com extrema violência. A perícia apontou que ela foi espancada no rosto e assassinada com o pescoço quebrado.
“Minha esposa chora, minha filha chora. Não conseguimos parar de chorar”, relatou o avô das garotas em entrevista ao ‘La Nación’.
“Brenda e Morena estavam sempre brigando para ver quem carregaria a alça do meu caixão . Brenda dizia: ‘Eu carrego a alça da frente, Tata’. E agora eu tenho que carregar a alça do caixão”
Lara Gutiérrez, 15 anos
A mais jovem do grupo, Lara foi vítima de uma crueldade ainda maior. Segundo a autópsia, teve cinco dedos da mão esquerda e uma orelha decepados antes de ser morta com golpes no pescoço. A irmã dela, Agostina, denunciou nas redes sociais que sua casa foi alvo de tiros após o crime e acusou uma quadrilha de peruanos de estar por trás da barbárie. O caso escancarou a brutalidade de um narcotráfico que, segundo investigadores, decidiu “dar o exemplo” ao torturar e executar adolescentes.