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domingo, setembro 28, 2025
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Reencontro de Marisa Monte com Ney Matogrosso escapa do ‘déjà vu’ e vira sensação do festival Doce Maravilha

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Marisa Monte e Ney Matogrosso se reencontram no festival ‘Doce Maravilha’
Diego Padilha / Divulgação / Festival Doce Maravilha
♫ ANÁLISE
♬ Ok, para a quase totalidade do público que lotou o Jockey Clube Brasileiro na noite de ontem, 27 de setembro, a participação de Marisa Monte no show de Ney Matogrosso – atração que encerrou o segundo dia do festival carioca Doce Maravilha – era a maior novidade da programação da terceira edição do evento.
Poucos sabiam que esse encontro já havia acontecido há dois anos, precisamente em 20 de setembro de 2023, no show Primavera dos bichos, na casa Vivo Rio, mesma cidade do Rio de Janeiro (RJ). Na ocasião, Marisa e Ney cantaram juntos oito músicas.
Ontem, quando Marisa entrou na parte final do show Bloco na rua, os cantores também deram vozes a oito músicas. Contudo, três eram novidades em relação ao repertório de 2023, fazendo com o que reencontro de Marisa com Ney escapasse da sensação de déjà vu e justificasse a aura de ser “o momento aguardado” do show do cantor, como reconheceu Ney ao chamar Marisa ao palco do Doce Maravilha após cantar O último dia (Paulinho Moska e Billy Brandão, 1995).
Uma das novidades do roteiro do reencontro, o fado O vira (João Ricardo e Luhli, 1973) se tornou uma sensação por si só – tanto que foi a música escolhida para o bis pelo público diante das duas opções oferecidas pelo anfitrião. Desde 1999, Ney não cantava esse sucesso do grupo Secos & Molhados. Foi uma delícia ver Marisa cantar o fado e fazer a dança que Ney costumava fazer no auge do trio. O número empolgou.
Marisa Monte canta oito músicas com Ney Matogrosso ao participar do show ‘Bloco na rua’
Diego Padilha / Divulgação / Festival Doce Maravilha
Com batida marcial, Coração civil (Milton Nascimento e Fernando Brant, 1981) – música que Ney gravou em álbum de 1983 e que reavivou há seis anos no roteiro do show Bloco na rua (2019) – bateu em pulso engajado, cumprindo o papel de hino politico diante do Brasil inflamado de 2025 e gerando o brado “Sem anistia”, repetido em coro pela plateia.
Tradicional música que encerra os shows feitos por Ney em festivais, o rock Pro dia nascer feliz (Roberto Frejat e Cazuza, 1982) também ganhou a voz e a energia de Marisa, completando o trio de músicas inéditas apresentadas pelos cantores em dueto.
As outras cinco músicas sublinharam a harmonia vocal e o tom afetuoso do reencontro, como Na rua, na chuva, na fazenda… (Hyldon, 1973) e O leãozinho (Caetano Veloso, 1977). O contracanto de sereia de Marisa adornou Balada do louco (Arnaldo Baptista e Rita Lee, 1982) e soou especialmente bonito. Sangue latino (João Ricardo e Paulo Mendonça, 1973) bombou em fluxo roqueiro.
Já Fala (João Ricardo e Luhli, 1973) foi a música que abriu o bloco de Marisa com Ney em show que tinha muito a dizer e que cumpriu a alta expectativa pela beleza harmônica do reencontro.
Marisa Monte e Ney Matogrosso cantam o fado ‘O vira’, para delírio da plateia do festival Doce Maravilha
Diego Padilha / Divulgação / Festival Doce Maravilha

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