Rússia faz ataque aéreo contra cidades ucranianas e deixa 4 mortos em Kiev; foco era instalações militares

Na ONU, Rússia nega intenção de atacar Europa e faz ameaça contra possíveis agressores
A Rússia lançou ataques aéreos contra a Ucrânia na madrugada deste domingo (28), afirmou Andrii Sybiha, ministro das relações exteriores da Ucrânia. A ofensiva deixou quatro mortos em Kiev e 40 feridos, segundo o presidente Volodymyr Zelensky.
“O ataque maciço da Rússia à Ucrânia durou mais de 12 horas. Ataques brutais, terror deliberado e direcionado contra cidades comuns – quase 500 drones de ataque e mais de 40 mísseis”, afirmou Zelensky em sua conta do Telegram.
Ataque russo contra a Ucrânia deixa ao menos 4 mortos.
Roman Pilipey/AFP
Outras regiões também foram bombardeadas neste domingo, deixando ao menos 16 feridos, incluindo três crianças, na cidade de Zaporizhzhia.
✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp
O Ministério da Defesa da Rússia confirmou o ataque massivo e declarou que o objetivo era atingir campos de aviação militares e outras instalações ucranianas.
“Ontem à noite, as Forças Armadas da Federação Russa lançaram um ataque massivo com armas aéreas de longo alcance e alta precisão, baseadas no mar e veículos aéreos não tripulados contra empresas do complexo militar-industrial da Ucrânia usadas no interesse das Forças Armadas da Ucrânia, bem como a infraestrutura de aeródromos militares”, disse o ministério em um comunicado.
Os ataques vêm após novos drones sobrevoarem a maior base militar da Dinamarca nesta sexta-feira (26). Os países europeus têm responsabilizado a Rússia pelos episódios de sobrevoos, que negou qualquer envolvimento durante a Assembleia Geral da ONU deste sábado (27).
“A Rússia está sendo acusada de quase planejar um ataque à Aliança do Atlântico Norte (Otan) e aos países da União Europeia. O presidente Putin tem repetidamente desmentido essas provocações”, disse o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov.
Ministros da Defesa de países do leste europeu concordaram, na sexta-feira, que a criação de um “muro antidrones”, com capacidades avançadas de rastreamento e interceptação dos equipamentos, é uma prioridade para o bloco.