No palco político de Camaçari, a nova peça é estrelada pelo vereador Jamerson, famoso por um vídeo segurando uma calcinha fio dental com a mesma seriedade que deveria ter ao exercer sua função.
Para comentar essa novela tragicômica, convidamos o soldado Andrade, sempre disposto a dizer o que todos pensam, mas poucos têm coragem de falar. A seguir, a entrevista mais ácida do ano:
Repórter: Soldado Andrade, o que o senhor achou da queixa protocolada por Jamerson contra o prefeito Luiz Caetano por não cumprir uma promessa de ônibus elétricos gratuitos?
Soldado Andrade: Ah, Jamerson descobriu o manual da oposição com 19 dias de governo do Caetano. Que rapidez, hein? Pena que esse mesmo manual estava perdido nos oito anos de Elinaldo, onde ele era mais silencioso que um ventilador desligado. Agora ele quer cobrar ônibus elétricos? Só se forem movidos à energia da hipocrisia, porque é o que não falta.
Repórter: Ele não está exercendo o papel de fiscalizador ao fazer essa cobrança?
Soldado Andrade: Fiscalizador? O Jamerson passou oito anos “fiscalizando” tão bem que nem viu as promessas de Elinaldo evaporarem. Agora resolveu acordar do sono profundo, mas está mais perdido que calcinha em vídeos políticos. Se isso é fiscalizar, eu sou um xerife
Repórter: Sobre as promessas de Elinaldo não cumpridas, como Camafolia, Guarda Municipal e o Hospital Municipal, o que o senhor tem a dizer?
Soldado Andrade: Ah, vamos lá: Camafolia? Nem sei se o povo lembra o que é isso.
A Guarda Municipal? Talvez estejam disfarçados de ninjas, porque nunca apareceram. O Hospital Municipal? Bem, deve ter virado consultório de ideias, porque prática mesmo, nada. E onde estava o Jamerson? Provavelmente treinando a coreografia com a calcinha.
Repórter: Você acha que o vereador está tentando ser relevante politicamente?
Soldado Andrade: Claro que está tentando, mas está mais para um meme ambulante. Ele quer ser o defensor do povo, mas esquece que a memória do povo não é tão curta assim. O Jamerson cobrando promessas é tipo o cachorro que nunca latiu e agora quer morder. Não cola, meu amigo.
Repórter: E sobre o famoso vídeo com a calcinha fio dental? Algum impacto na carreira dele?
Soldado Andrade: Impacto? Se a intenção era virar piada, ele está no caminho certo. Todo mundo tem sua marca registrada, e a dele é a calcinha. Talvez ele devesse abrir uma loja de lingerie política, porque credibilidade ele não vende mais.
Repórter: Por fim, o que você diria para Jamerson?
Soldado Andrade: Eu diria: Jamerson, foco, meu filho. Se você quer fazer oposição, pelo menos estude um pouco. Cobrar um governo de 19 dias enquanto ignorou oito anos é de uma cara de pau que nem lixadeira resolve. E larga a calcinha, homem, porque política não é desfile de carnaval. Mas obrigado pela comédia, pelo menos a gente tem do que rir.