spot_img
segunda-feira, setembro 15, 2025
spot_img
HomeMundoSuspeito de matar Charlie Kirk não admitiu culpa nem quer colaborar, diz...

Suspeito de matar Charlie Kirk não admitiu culpa nem quer colaborar, diz governador de Utah

-


Spencer Cox tem sido uma das vozes mais ouvidas nos EUA após a morte de Charlie Kirk.
Getty Images via BBC
O suspeito pelo assassinato do ativista americano Charlie Kirk “não está cooperando” com as autoridades e não confessou ter disparado o tiro fatal, disse o governador de Utah, Spencer Cox, à imprensa dos Estados Unidos.
O suspeito Tyler Robinson, de 22 anos, foi detido cerca de 33 horas depois que Kirk, de 31 anos, foi morto com um tiro em Orem, no Utah, na quarta-feira da semana passada (10/9).
✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp
Em declarações à ABC News, o governador republicano Cox disse que pessoas próximas a Robinson estavam cooperando com a investigação.
Cox apareceu em vários meios de comunicação dos EUA na manhã de domingo, onde também reiterou preocupações com as mídias sociais após a morte de Kirk.
O governador também foi questionado sobre uma reportagem do New York Times alegando que Robinson havia conversado com outras pessoas após o atentado por meio da plataforma de mensagens Discord, incluindo alegações de que ele brincou sobre ser o atirador.
Cox disse à ABC News: “Tudo o que podemos confirmar é que essas conversas definitivamente estavam acontecendo, e eles não acreditaram que era realmente ele”.
“Era tudo brincadeira até que ele […] admitiu que era ele mesmo.”
Robinson foi preso na quinta-feira (11/9) à noite após se render à polícia.
Kirk estava dando uma palestra na Universidade de Utah Valley em um evento ao ar livre realizado pela Turning Point USA, a organização que ele fundou, quando foi baleado e morto.
O evento fazia parte da American Comeback Tour, uma tour de palestras por vários campi universitários nos EUA.
Cox disse ao Wall Street Journal que Robinson, natural de Utah, estava “profundamente doutrinado com a ideologia de esquerda”.
Quando questionado sobre essa declaração pela CNN no domingo (14/9), ele disse que essa informação partiu de amigos e familiares do suspeito.
“Há muito mais que estamos aprendendo e muito que aprenderemos”, disse o governador. Ele disse que quando as acusações oficiais forem apresentadas, haverá “muito mais evidências e informações disponíveis”.
Atentado a Charlie Kirk: imagens inéditas de brasileiros que presenciaram o assassinato
O governador disse que entre aqueles que estão cooperando com as autoridades está o colega de quarto de Robinson, que, segundo ele, também é seu companheiro.
O governador disse que o parceiro, que não tinha conhecimento sobre as suspeitas contra Robinson, estava sendo “incrivelmente cooperativo” e estava trabalhando com os investigadores “agora mesmo”.
Ele também confirmou que o parceiro estava atualmente “em transição de homem para mulher”, mas, quando questionado pela CNN, disse que as autoridades ainda não sabem se isso é relevante ou não para a investigação.
Um depoimento do Estado de Utah confirma que Robinson foi preso sob suspeita de crimes de homicídio qualificado, disparo de arma de fogo e obstrução da justiça.
Foto divulgada pela polícia de Utah mostra o norte-americano Tyler Robinson, suspeito de matar o ativista de direita Charlie Kirk, em 12 de setembro de 2025.
Governo do Utah via AP
Ele está atualmente detido sem direito à fiança no presídio central do Condado de Utah.
“Estamos entrevistando todos os tipos de pessoas — todos que o conhecem — e tentando descobrir mais sobre qual foi realmente o motivo”, disse Cox.
Críticas a mídias sociais
Após a morte de Kirk, Cox vem ganhando destaque na imprensa americana por seus apelos por unidade em uma tentativa de aliviar as tensões políticas. Ele fez vários comentários criticando as mídias sociais.
Ele chamou as mídias sociais de “câncer” e disse à CNN que os EUA precisavam “tirar os celulares das salas de aula” e se esforçar mais para responsabilizar os proprietários das plataformas.
Ele disse que o atentado contra Kirk é um “ataque direto à América” e disse que os americanos precisam “se olhar no espelho e decidir: vamos tentar melhorar a situação ou vamos piorar a situação?”
Mas Cox também foi criticado por ter dito que rezou para que o suspeito não fosse “um de nós”, mas sim de “outro Estado ou de outro país”.
“Por 33 horas eu estava rezando para que, se uma coisa dessas tivesse que ter acontecido aqui, que não fosse um de nós [o atirador]. Que [fosse] alguém de outro Estado ou de outro país. Mas infelizmente essa prece não foi atendida como eu esperava”, disse Cox logo após a prisão de Robinson.
“Porque eu achei que ficaria mais fácil para nós se pudéssemos dizer ‘Ei, não fazemos essas coisas aqui’. E Utah é mesmo um lugar especial. […] Mas aconteceu aqui.”
A viúva de Kirk, Erika, fez um discurso emocionado no sábado, no qual agradeceu aos socorristas pelos esforços e prometeu que “a voz de seu marido permanecerá”.
Um culto em memória a Kirk será realizado no domingo, 21 de setembro, no Estádio State Farm, com capacidade para 60 mil pessoas, no Arizona, Estado onde Kirk morava com sua esposa e dois filhos.
Os discursos de Kirk reuniam milhares de jovens em universidades americanas.
Getty Images via BBC
Kirk era considerado uma figura polêmica no cenário político dos EUA. Ele era um dos ativistas de direita mais destacados nos EUA e um aliado próximo do presidente americano, Donald Trump. Kirk era apoiador do ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro e defendia sanções americanas contra o Brasil por causa do julgamento do político no Supremo Tribunal Federal.
A Turning Point USA tem como objetivo disseminar ideais conservadores em faculdades de tendência liberal dos EUA e desempenhou um papel importante para fazer com que mais pessoas votassem em Trump e outros candidatos republicanos na eleição do ano passado.
Kirk era um forte defensor do direito ao porte de armas, se opunha veementemente ao aborto, criticava os direitos dos transgêneros e promovia alegações falsas sobre a Covid-19.
Seus apoiadores diziam que ele era uma pessoa acessível e que compreendia as preocupações dos outros. Mas suas opiniões atraíam duras críticas liberais, com seus detratores classificando seus comentários como profundamente ofensivos a alguns grupos minoritários, incluindo pessoas LGBTQIA+ e muçulmanos.

Related articles

LEAVE A REPLY

Please enter your comment!
Please enter your name here

Stay Connected

0FansLike
0FollowersFollow
0FollowersFollow
22,500SubscribersSubscribe
spot_img

Latest posts