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quarta-feira, outubro 8, 2025
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Tesouro da Argentina tenta conter queda do peso enquanto aguarda apoio dos EUA

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Milei faz ‘show’ de rock em lançamento de seu próprio livro em meio a crises política
As persistentes pressões sobre a taxa de câmbio continuaram a pesar sobre os mercados financeiros da Argentina nesta quarta-feira (8).
A crise também tem pressionado o Tesouro do país, já que os recursos de um acordo especial de liquidação com exportadores agrícolas — uma espécie de incentivo temporário para que exportassem e trouxessem mais dólares ao país — vêm se esgotando.
Analistas estimam que o Tesouro, subordinado ao Ministério da Economia da Argentina, tenha vendido mais de US$ 1,6 bilhão (cerca de R$ 8,5 bilhões) nos últimos seis pregões para evitar a desvalorização peso argentino em relação ao dólar. A pasta não divulga publicamente suas operações de mercado.
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“Esse número se torna ainda mais significativo, considerando que ainda há muitos pregões até as eleições (de meio de mandato) deste mês”, disse a Wise Capital.
Nos últimos dias, o governo de Javier Milei suspendeu temporariamente as tarifas de exportação para produtos agrícolas na Argentina com o objetivo de aumentar a oferta de dólares no mercado.
A pausa durou apenas 48 horas, mas foi suficiente para atrair rapidamente cerca de US$ 7 bilhões (aproximadamente R$ 37 bilhões) para dentro do país, com exportadores — incluindo as gigantes agrícolas Bunge e Cargill aproveitando — a oportunidade, segundo informações da Bloomberg.
O governo vinha contando com dólares vindos de exportadores agrícolas que participaram do acordo especial de liquidação. Agora que esse programa acabou, essa fonte de dólares secou.
Logo que as tarifas voltaram a vigorar, o governo argentino queimou em poucos dias a maior parte dos recursos extras que havia obtido para reforçar suas reservas.
Em quatro dias, o Tesouro argentino já perdeu US$ 1,35 bilhão — mais de 60% dos US$ 2,23 bilhões arrecadados com o esquema de imposto de renda com retenção zero
Momento político delicado
As eleições de meio de mandato, em 26 de outubro, são vistas como um teste importante para o presidente Javier Milei, que está na segunda metade de seu mandato com apoio limitado do Congresso.
Em uma tentativa de acalmar os mercados e aliviar a pressão sobre o peso, o ministro da Economia, Luis Caputo, está nos Estados Unidos delineando o apoio norte-americano, que pode incluir um acordo de swap cambial (tradicional ajuda a conter a alta do dólar) de US$ 20 bilhões.
Os títulos internacionais em dólar também estavam caindo, já que os investidores aguardam os detalhes do apoio dos EUA.
“Após as eleições, é provável que uma nova estrutura seja introduzida com uma taxa de câmbio mais livre e taxas de juros reais mais baixas, dando suporte ao o acúmulo de reservas e rolagens mais sustentáveis da dívida do Tesouro”, disse Roberto Geretto, economista da AdCap.
O peso abriu estável em 1.430 por dólar, apoiado por vendas em bloco com o objetivo de limitar a volatilidade.
O peso está oscilando próximo ao limite superior de sua banda flutuante, o que se for quebrado exigiria intervenção do banco central vendendo reservas internacionais.
“Os operadores estão observando atentamente as operações do Tesouro e estimando quanto espaço resta antes que o banco central precise intervir novamente em torno da marca de 1.480 pesos”, disse o economista Gustavo Ber.
Peso argentino fecha estável no 2º dia após redução do controle de câmbio.
Reuters

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