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terça-feira, setembro 16, 2025
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Trump processa o The New York Times em R$ 79 bilhões por difamação e calúnia e chama jornal de ‘porta-voz democrata’

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Manchete do jornal “The New York Times” após condenação de Donald Trump no caso Stormy Daniels.
REUTERS/Stephani Spindel
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump entrou com um processo contra o jornal americano The New York Times em US$ 15 bilhões — cerca de R$ 79 bilhões — por difamação e calúnia. A decisão foi compartilhada por Trump em uma rede social nesta terça-feira (16) e mais tarde confirmada pela agência de notícias Reuters.
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O republicano também processou quatro repórteres do veículo e a editora Penguim Random House.
Segundo a agência, que teve acesso ao processo, Trump cita uma série de artigos do veículo incluindo um editorial anterior à eleição presidencial de 2024 que dizia que ele não era apto para o cargo, e um livro de 2024 publicado pela Penguin intitulado “Perdedor Sortudo: Como Donald Trump Desperdiçou a Fortuna do Pai e Criou a Ilusão de Sucesso”.
Na publicação em que anunciou o processo, Trump afirmou que o jornal se tronou um “porta-voz do partido democrata”.
“O Times se envolveu, por décadas, em um método de mentiras sobre o seu Presidente Favorito (eu), minha família, meus negócios, o movimento America First, o MAGA (Make America Great Again), e nosso país como um todo”, disse.
O presidente ainda criticou o veículo por declarar apoio à Kamala Harris, adversária de Trump nas eleições de 2024.
Editorial do ‘NYT’ diz que Kamala Harris é a única escolha possível
Amanda Akashi/GloboNews
No processo, seus advogados alegam que as publicações prejudicaram os negócios e a reputação pessoal de Trump, causando enormes danos econômicos ao valor de sua marca e prejuízos significativos às suas perspectivas financeiras futuras.
Nas últimas semanas, o jornal postou uma série de matérias sobre o vínculo de Trump com Jeffrey Epstein. O republicano havia afirmado que processaria o jornal após as matérias, segundo a Reuters.
O veículo ainda não se pronunciou sobre a publicação de Trump.
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Trump e Epstein
Em julho, o jornal The Wall Street Journal divulgou supostas cartas enviadas de Trump para Epstein. Em um delas, há um desenho de uma mulher nua. Na época, Trump negou a autoria, entrou com um processo contra o jornal e pediu uma indenização de US$ 10 bilhões.

No início deste mês, o Partido Democrata divulgou a suposta carta.

Jeffrey Epstein tinha conexões com milionários, artistas e políticos influentes. Entre 2002 e 2005, ele foi acusado de aliciar dezenas de meninas menores de idade para encontros sexuais em suas mansões.
Em 2008, Epstein chegou a firmar um acordo com a Justiça para se declarar culpado. Em 2019, o caso voltou à tona, quando autoridades federais consideraram o acordo inválido e determinaram a prisão do bilionário por tráfico sexual.
O bilionário morreu na cadeia poucos dias depois de ser preso. Segundo as autoridades, ele tirou a própria vida.Durante a campanha eleitoral de 2024, o então candidato Trump prometeu divulgar uma lista com os nomes de pessoas supostamente envolvidas no esquema de exploração sexual liderado por Epstein. Em fevereiro deste ano, alguns documentos chegaram a ser publicados pelo governo.
Em um desses arquivos, o nome de Trump aparece ao lado de outras pessoas em registros de voos ligados ao bilionário. É de conhecimento público que os dois foram próximos nos anos 1990. Trump, no entanto, não é investigado nesse caso.
Ainda em fevereiro, a procuradora-geral Pam Bondi chegou a insinuar que havia uma lista de clientes de Epstein sobre a mesa dela para ser revisada. Esse documento, no entanto, nunca foi divulgado.
Mais recentemente, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos informou que não existe nenhuma lista de clientes nos documentos relacionados à investigação. O próprio presidente Trump passou a afirmar que a tal documento é uma farsa.
A mudança de versão irritou a base de apoiadores do republicano. Muitos desses eleitores compartilham teorias da conspiração sobre o caso Epstein e exigem a divulgação completa das informações sobre a rede de exploração sexual.

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